A pedido do Simpa, foi realizada nesta segunda-feira (24), reunião de urgência entre representantes do sindicato, das direções de enfermagem e administrativa e da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIA) do Hospital Materno Infantil Presidente Vargas. Também participou da reunião, de maneira virtual, o vereador Pedro Ruas (PSol). Em pauta, a busca pela resolução de diversos problemas levantados por servidores, que se agravaram com o recente aumento da Covid-19 decorrente da alta circulação da Ômicron.
Um dos pontos tratados foi a falta crônica de profissionais (técnicos/as de enfermagem, enfermeiros e enfermeiras) em todo o hospital, problema que já é antigo e foi agravado pelo recente afastamento de profissionais positivados pela Covid-19.
Também foram levantadas questões como a aglomeração de acompanhantes das parturientes no centro obstétrico, os ambientes pequenos e sem ventilação adequada e o fato de os leitos estarem lotados e separados entre eles apenas por biombos, misturando pacientes positivadas e negativadas e seus respectivos acompanhantes.
Outro problema colocado foi o fato de, no centro obstétrico, acompanhantes e pacientes positivadas terem de fazer suas necessidades em comadres, depois higienizadas pelos profissionais de saúde, por não haver banheiros exclusivos, nem isolamento adequado dos mesmos.
O que disse o HMIPV
Após serem feitas tais colocações, a direção do HMIPV informou que tem solicitado à prefeitura a nomeação de profissionais já aprovados em concursos públicos, mas que existem dificuldades para efetivação.
No que diz respeito às aglomerações, a direção afirma que, na maior parte do hospital, foi impedida a presença dos acompanhantes, exceto nos setores de UTI pediátrica, internação pediátrica e que, no centro obstétrico, devido a ações de pacientes, o Ministério Público determinou que o HMIPV permitisse a permanência dos acompanhantes de gestantes/parturientes também neste setor, aumentando assim o número de pessoas presentes, diferentemente do que estava ocorrendo em 2020 e 2021, quando eram restritos. O Simpa está levando estas questões para o MP no sentido de buscar garantir a saúde e as condições de trabalho dos servidores do HMIPV.
Sobre os leitos lotados, a direção do hospital colocou que não pode restringir o atendimento, uma vez que as maternidades que antes eram referência para as gestantes com Covid-19 deixaram de ser, restando ao HMIPV o atendimento dessas mulheres, independentemente de estarem positivadas.
Além disso, a direção informou que futuramente o centro obstétrico será transferido para outro andar para que o espaço possa ser reformado e adequado às necessidades de isolamento.
Por fim, a direção colocou que haverá acesso a outro banheiro destinado às pacientes positivadas e seus acompanhantes e, após o uso, haverá imediata higienização terminal de todo ambiente.
O Simpa segue acompanhando a resolução dos problemas para garantir o direito dos trabalhadores e usuários a um ambiente sanitário seguro.
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