SIMPA REPUDIA O INÍCIO DO FECHAMENTO DOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL E SUA TRANSFERÊNCIA PARA A REDE ESTADUAL

O Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) repudia o início do fechamento das turmas de sextos anos das escolas da rede municipal e sua transferência para a rede estadual. Essa medida, anunciada pela Prefeitura, representa mais um passo no desmonte da educação pública municipal e um grave prejuízo para as comunidades escolares.

Na quinta-feira (23/10), o diretor do Simpa, Assis Olegário, participou da manifestação organizada pela comunidade escolar da EMEF Judith Macedo de Araújo, no Morro da Cruz, que completou 39 anos de história e dedicação à educação pública com a realização de um ato. A manifestação foi acompanhada por um grupo de estudantes na percussão e uma caminhada pela comunidade. A escola é uma das 13 instituições municipais que perderão, progressivamente, os anos finais do Ensino Fundamental.

Nesta sexta-feira (24/10), durante o meio-dia, foi a comunidade escolar da Bom Jesus que se mobilizou. Foi realizada uma caminhada da EMEF Nossa Senhora de Fátima até a EMEF José Mariano Beck, onde aconteceu um ato contra o fim das turmas dos anos finais. A organização foi de pais de estudantes. O diretor Assis Olegário também esteve presente nesta manifestação.

Além da caminhada com ato hoje, mães de estudantes da Bom Jesus já haviam realizado nesta semana um “trancaço” para pressionar a SMED. Foi informado nesta sexta-feira, que a SMED e a SEDUC comparecerão em uma reunião organizada pelos conselheiros e delegados do OP daquela região, na próxima terça-feira (28/11), para tratar do tema.

A proposta da Prefeitura prevê o encerramento gradual das séries finais e a redução da carga horária de disciplinas fundamentais, como Arte, Filosofia, História e Geografia. Além disso, a transferência das turmas para escolas estaduais — como a EEEF Araújo Viana, que fica a mais de um quilômetro de distância da EMEF Judith — coloca em risco a permanência de muitos estudantes, que poderão abandonar os estudos devido às dificuldades de deslocamento.

O Simpa reafirma seu compromisso com a defesa da educação pública, gratuita e de qualidade, e estará junto da comunidade escolar, professoras, professores, funcionárias e famílias na luta contra esse retrocesso.

O Simpa seguirá presente em cada escola, defendendo cada aluno e cada comunidade.