SIMPA E ASSERPV ENCAMINHAM DENÚNCIAS À DIREÇÃO DO HOSPITAL MATERNO-INFANTIL PRESIDENTE VARGAS

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Em reunião com a direção do Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas, realizada na manhã desta quinta-feira (27/6), o Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) e a Associação das Servidoras e Servidores do HMIPV encaminharam denúncias referentes às condições de trabalho, a partir de relatos de servidores de diversos setores, como emergência pediátrica, internação pediátrica, UTI Neonatal, entre outros.

De acordo com os servidores do HMIPV, técnicos de enfermagem estão sendo remanejados para outras unidades, com objetivo de cobrir escalas, em função da falta de profissionais de alguns setores. No entanto, os profissionais são remanejados sem passar pelos treinamentos específicos. As mudanças acabam sobrecarregando as equipes que perderam servidores, gerando inclusive riscos, em caso de intercorrências, aos pacientes.

DENÚNCIAS
O Simpa tem recebido denúncias de sobrecarga de trabalho em diversos setores do Hospital. No caso da emergência, a situação vem se agravando, prejudicando os pacientes, que chegam a aguardar mais de 12 horas para serem atendidos. A situação é resultado do número reduzido de profissionais diante de uma grande demanda. Somente dois médicos e três técnicos para três setores. Um técnico fica responsável pela classificação de risco, outros três atuam na emergência e outros dois na sala de observação pediátrica, que tem 21 leitos.

Segundo relato dos servidores, na pediatria os trabalhadores têm sido deslocados  para o SOP. Além disso, a unidade não dispõe de sala para passagem de plantão. O mesmo ocorre na sala de procedimentos, que em caso de intercorrência, não tem local determinado para estas situações.

NECESSIDADE DE CHAMAR CONCURSADOS
Durante a reunião, foi formalizado o alerta para o número insuficiente  de técnicos para o atendimento na UCI Neonatal. Apenas três técnicos são responsáveis pela assistência de 15 pacientes com cuidados de antibioticoterapia, acessos centrais, entre outros. O Simpa e a ASSERPV têm reiterado que o número insuficiente de profissionais gera riscos no atendimento aos pacientes. Mais uma vez, foi ressaltada a necessidade de chamar novos concursados, tendo em vista que o RH da PUC tem um rodízio muito grande de trabalhadores(as) sendo que a empresa terceirizada não garante a reposição adequada do quadro de seus funcionários. As entidades reforçaram sua posição de que as terceirizações na saúde, comprovadamente, prejudicam o atendimento à população, precarizam as relações de trabalho e corroem o orçamento público e que, por tanto, a defasagem de profissionais na saúde municipal de Porto Alegre, incluindo o HMIPV, devem ser sanadas através da convocação dos aprovados nos concursos vigentes, onde centenas de profissionais aguardam para assumir seus cargos na SMS.

DIFERENÇA DE VÍNCULOS GERA CONFLITO DE GESTÃO
Outro tema que foi levado à direção do HMIPV diz respeito aos conflitos gerados pela diferença de vínculos entre servidores municipais do quadro e os profissionais da PUC, vinculados à contrato de parceria público, privada (PPP). Uma das alternativas apontadas pelo Simpa e pela ASSERPV seria concentrar servidores municipais em setores que são chefiados por servidores ou servidoras do quadro, evitando os conflitos, tendo como base o que já foi realizado na Emergência e a Internação Pediátrica em outros períodos, separando por vínculos em turnos ou setores diferentes.

AFASTAMENTO PARA TRATAMENTO DE SAÚDE
Também foi debatida a situação dos servidores que pedem afastamento para tratamento de saúde. Antes, os servidores tinham que, depois de ir ao médico e atestar o seu afastamento, trazer estes documentos para sua chefia imediata, que gerava um laudo, o qual era levado pelo funcionário até a GSSM. Tudo isso de forma presencial. Agora, existe a possibilidade através de expediente, da chefia lançar esse laudo via Sistema Eletrônico de Informações (SEI), o qual vai de forma digital para a GSSM.

O Simpa e a ASSERPV apontaram para a necessidade de buscar uma forma em que a assinatura dos servidores no laudo seja feita diretamente junto a GSSM, uma vez que esta já recebeu o referido laudo via SEI.

BRINQUEDOTECA
Outra questão apontada tanto pelo Simpa quanto pela ASSERPV diz respeito à Brinquedoteca do Hospital, que fica trancada nos finais de semana, feriados e à noite, quando crianças precisam permanecer acordadas para realização de exames mais complexos.

Participaram da reunião o diretor geral do Simpa, João Ezequiel, a diretora da ASSERPV Jussara Candaten, além do diretor geral do HMIPV Cincinato Fernandes Neto, Direção Técnica, Direção de Enfermagem, e Coordenações de setores.

O Simpa fará reunião com os servidores do HMIPV, com data ainda a ser definida, para repassar aos colegas, as respostas, informações e encaminhamentos sobre os temas levados ao conhecimento da Direção Geral, Técnica e de Enfermagem do HMIPV.

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