Na manhã desta segunda-feira (17/2), o Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) e a Associação dos Trabalhadores em Educação do Município de Porto Alegre (Atempa) participaram de uma audiência na Defensoria Pública do Rio Grande do Sul para denunciar o remanejamento de monitores realizado pela Secretaria Municipal de Educação (Smed). A medida, tomada sem aviso ou preparação, retira profissionais do Ensino Fundamental e os transfere para a Educação Infantil, desconsiderando os vínculos estabelecidos com crianças e jovens da inclusão escolar. Além disso, o remanejamento desrespeita a organização familiar dos trabalhadores, que estão sendo deslocados para escolas em regiões distantes de suas lotações anteriores.
A reunião foi articulada pela deputada estadual Sofia Cavedon (PT-RS), presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do RS, e contou com depoimentos de monitoras e mães de alunos da educação especial. Estiveram presentes Paula Simões, defensora pública, a deputada Sofia Cavedon, as diretoras do Simpa, Cindi Sandri e Bete Charão, a diretora da Atempa, Rosele Bruno de Souza, além de monitoras e mães afetadas pela medida.
O déficit de monitores na Educação Infantil é um problema antigo e amplamente reconhecido. No entanto, ao invés de abrir concurso público e nomear novos profissionais para suprir essa demanda, a Smed opta por retirar monitores do Ensino Fundamental, gerando um novo problema. Essa decisão demonstra, mais uma vez, a falta de diálogo do governo Melo, que desconsidera tanto a realidade dos servidores quanto o impacto negativo sobre os estudantes e suas famílias. O deslocamento compulsório impõe dificuldades adicionais aos profissionais e para os estudantes compromete os vínculos essenciais da educação especial.
Durante a audiência, a Defensoria Pública comprometeu-se a convocar uma reunião com a Smed para obter informações sobre o remanejamento e avaliar o convênio com a ABESS, questionando a eficácia dessa medida.
Diante dessa situação, Simpa, Atempa e monitoras convocam um ato para esta terça-feira (18/2), com concentração no Paço Municipal às 9h30 e caminhada até a sede da Smed às 10 horas. A mobilização busca pressionar o governo municipal a rever sua decisão e garantir condições adequadas para os profissionais e estudantes da rede pública de ensino.
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