O Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) expressa seu apoio aos professores e à comunidade escolar da Lidovino Fanton diante da invasão ocorrida na escola durante a manhã de terça-feira (15/10). A diretora Bete Charão esteve na escola municipal nesta quarta-feira (16/10) para conversar com a direção, servidores e funcionários. Bete também acompanhou as reuniões da escola com os pais, mães e responsáveis dos estudantes, e representantes do governo municipal. O Simpa se colocou à disposição de todos, oferecendo assistência jurídica e intermediação com a Smed para resolver os problemas enfrentados.
ENTENDA O OCORRIDO:
Por volta das 11 horas de terça-feira (15/10), um homem invadiu a Escola Municipal Lidovino Fanton, localizada na Restinga Velha, se aproveitando de uma brecha enquanto uma mãe saía do local. Apesar das tentativas das funcionárias em detê-lo, ele conseguiu entrar em uma sala de aula onde havia uma turma do terceiro ano do ensino fundamental. Os alunos e a professora passaram por momentos de intensa apreensão, sem saber se o invasor estava armado. O homem gritava que estava em perigo e que temia por sua vida. Enquanto aguardavam a chegada da Brigada Militar e da Guarda Municipal, funcionárias conseguiram imobilizá-lo e retirá-lo da sala.
Quando a polícia chegou, o homem foi detido, sem armas e, supostamente, havia cometido um delito antes de entrar na escola. Diante do abalo causado pela situação foram suspensas as aulas no período da tarde. Na quarta-feira (16/10), foram convocadas reuniões com as famílias nos turnos da manhã e da tarde. Durante a manhã, houve uma reunião com representantes da Secretaria Municipal de Educação (Smed) e das Comissões Internas de Prevenção de Acidentes e Violência Escolar (CIPAVE), com a promessa de oferecer suporte emocional às crianças e adolescentes. Além disso, a comunidade escolar iniciou um abaixo-assinado solicitando a reinstalação de um Guarda Municipal Comunitário, que havia sido retirado, além de melhorias significativas na infraestrutura da escola.
A escola já enfrentava dificuldades, como um buraco na cerca ou os fios elétricos soltos que passam pelo muro e seguem até o chão. Além da falta de professores em disciplinas essenciais. A turma do sexto ano, por exemplo, estava sem professores de inglês e português desde fevereiro, a vaga só foi preenchida em outubro. Essa situação reflete uma crise mais ampla na educação pública municipal e que afeta diretamente as comunidades periféricas. A comunidade escolar aguarda que as solicitações sejam atendidas e que medidas efetivas sejam tomadas para proteger alunos e funcionários.
O Simpa seguirá acompanhando de perto e vai cobrar, se necessário, que as medidas prometidas pelo governo municipal sejam efetivadas com celeridade.
LEIA ABAIXO A CARTA DOS TRABALHADORES/AS DA ESCOLA:
Colegas,
Nós da EMEF Lidovino Fanton agradecemos muito os movimentos de solidariedade que foram manifestados pelas demais escolas. Sabemos que a luta por segurança para comunidade escolar é um assunto que interessa a todos nós.
Dividimos com vocês os movimentos que fizemos:
Ontem (15/10), encerramos as aulas num movimento de manifesto, escrevemos notas públicas para compartilhar o ocorrido.
Hoje (16/10), reunimos as mães e pais via conselho escolar e tivemos um bom quórum. A assessoria da Smed veio participar da reunião e não foi poupada de escutar as demandas diretamente da comunidade escolar organizada.
Isso repercutiu, hoje (16/10) à tarde tivemos a visita da secretária adjunta e recebemos uma série de promessas de encaminhar as questões das escolas, como arrumar uma cerca da escola que dá acesso à rua, setor de obras já entrou em contato, enfim, estão se movimento tanto pelo período eleitoral, de certeza, mas também pelas nossas manifestações. Nosso muito obrigado.
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