Desde às 18h do domingo (13/07) equipes técnicas do DMAE estão envolvidas em uma grande operação de manutenção e de melhorias no Sistema de Abastecimento de Água da Zona Norte de Porto Alegre (SAA São João). São trabalhos ininterruptos, estimados em 36 horas, que envolvem desde a substituição e interligação de tubulações de grande porte na EBAT Ouro Preto e na Avenida Sertório, instalação de válvula que permita isolar a EBAT Ouro Preto da ETA São João, até a lavagem e manutenção dos decantadores Superpulsator na Estação de Tratamento de Água São João.
Importante destacar que, se por um lado algumas ações fazem parte do conjunto de obras de ampliação do SAA São João, com investimentos de mais de R$87 milhões, de outra parte são ações corretivas, fruto da precarização e da falta de investimentos ao longo dos últimos anos, o que pode ser comprovado pelas paradas emergenciais recentes por vazamentos nas adutoras da EBAT Ouro Preto e que provocaram a parada total do SAA que abastece a Zona Norte.
Também a falta de reposição dos quadros técnicos, operacionais e de manutenção do Dmae mostra sua face mais perversa ao expor a população de Porto Alegre, em especial às comunidades mais carentes, à falta de água e os seus impactos no saneamento, no ambiente e na saúde das pessoas, na medida em que a maioria não dispõe de reservatórios de água em suas casas e depende dos serviços de educação e de saúde da região, os quais também foram impactados pelo desabastecimento. Só para citar alguns, o Banco de Olhos, o Hospital Cristo Redentor e o Hospital Nossa Senhora da Conceição, além da UPA IAPI e das escolas e creches da Zona Norte e Leste, as quais dependem de ações pontuais de fornecimento de água por caminhões-pipa.
A própria escolha das datas da parada pode ser questionada, tendo em vista os problemas operacionais recentes na ETA, assim como a possível falta de ações de interligação e revisão de limites entre Subsistemas, de modo a minimizar os efeitos da parada da ETA São João, o que demonstra uma clara falta de planejamento e de articulação entre as áreas do Departamento, fruto da precarização imposta pela administração municipal.
Mesmo diante da precarização do DMAE provocada por decisões políticas do governo Melo, os servidores públicos seguem demonstrando comprometimento e excelência no serviço prestado. Mais de 90% das equipes envolvidas são compostas por servidores concursados, que têm em torno de 20 anos de experiência e profundo conhecimento técnico, o que garante agilidade, precisão e eficiência nos processos, algo que a iniciativa privada não poderá oferecer com o mesmo nível de qualidade e responsabilidade.
Esses profissionais sabem o que fazem. Trabalham com dedicação e conhecimento acumulado para que a população tenha água tratada e de qualidade em suas casas. Isso evita erros técnicos, retrabalho e prejuízos ao abastecimento.
O SIMPA e o CORES-DMAE reforçam: a saída não é a concessão/privatização, que só coloca em risco a qualidade dos serviços e o acesso universal à água. A saída é o fortalecimento do DMAE enquanto autarquia pública, com investimento público, realização de concursos, nomeação de novos servidores e valorização de quem já atua com excelência há anos.
Participe do ato de lançamento do Plebiscito Popular “O DMAE é do povo de Porto Alegre”, nesta quarta-feira (16/07) às 12h no DMAE (R. 24 de outubro, 200 – caixa d’água).
O DMAE é do povo de Porto Alegre. Água é direito, não mercadoria!
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