A assembleia geral online da categoria municipária, com pauta específica da educação, realizada na noite desta quarta-feira (28), decidiu pelo estabelecimento do estado de greve dos servidores da educação, com nova assembleia geral marcada para a próxima segunda-feira, 3 de maio, às 19h. A assembleia foi iniciada com um minuto de silêncio em homenagem aos servidores vítimas da Covid-19.
Durante a assembleia, a assessoria jurídica do Simpa anunciou que foi protocolada petição do sindicato junto ao Tribunal de Justiça do RS, a fim de manter os efeitos da decisão que suspendeu as aulas presenciais no município, independentemente da cor da bandeira utilizada pela classificação do governo do estado, uma vez que não houve mudança no atual quadro da pandemia que justifique alterações deste tipo.
Com mais de 500 participantes, a assembleia debateu a mobilização das professoras e professores da rede municipal de ensino de Porto Alegre diante das manobras do governo estadual. Eduardo Leite mudou os critérios do sistema de distanciamento controlado a fim de burlar a decisão da Justiça e obrigar a volta presencial às aulas mesmo num contexto de agravamento da pandemia no Rio Grande do Sul e em Porto Alegre. Na Capital, o prefeito Sebastião Melo impõe a reabertura das escolas mesmo sabendo que não há condições sanitárias seguras para isso.
Os servidores e o Simpa entendem que não é possível retomar as aulas presenciais no atual cenário, em que a cidade enfrenta altos índices de contaminação, ocupação das UTIs e óbitos por Covid-19. Além disso, defendem que é preciso garantir vacinação e total segurança sanitária nas instituições, como forma de proteger a saúde e a vida da comunidade escolar.
Encaminhamentos
A assembleia também decidiu, entre outros encaminhamentos:
– mobilização permanente da educação em defesa da vida e da vacinação dos trabalhadores da educação antes da retomada das aulas presenciais;
– reivindicar a constituição dos Centros de Operações de Emergências da Saúde (COE) municipal e nas escolas antes da reabertura, com a participação dos trabalhadores;
– intensificar a luta pela inclusão digital dos alunos;
– ato unificado da educação, com entrega de manifesto à Smed, pelo não retorno das aulas presenciais;
– realização, pelo Simpa, de laudos sanitários das escolas.
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