A falta de ar-condicionado no Hospital de Pronto Socorro (HPS) de Porto Alegre coloca em risco o atendimento aos usuários e cria condição de trabalho insuportável para servidores. Após receber denúncias de colegas da Saúde, dirigentes do Simpa estiveram no HPS na manhã dessa segunda-feira (12/12) para conferir as condições de trabalho nos diversos setores do hospital, alguns com a marca de 28 graus já no início da manhã.
Unidades de Tratamento Intensivo, farmácia, salas de atendimento e administrativo, todos os locais apresentam risco, tanto para o atendimento e trabalho, quanto para a manutenção de insumos, medicamentos e equipamentos. Um exemplo é o tomógrafo, aparelho fundamental para realização de cirurgias e que precisa ser mantido com temperatura regulada.
A situação dramática que é vivenciada há mais de três semanas, foi resolvida parcialmente por alguns dias e no sábado voltou a estragar. Os problemas relacionados ao funcionamento do sistema de ar-condicionado central do HPS são recorrentes.
PROBLEMAS COM A TERCEIRIZAÇÃO
A empresa terceirizada Ambiental Max, mantida pelo governo Melo através de contrato emergencial, não apresenta condições técnicas para a manutenção do sistema de ar-condicionado. Conforme relatos recebidos, o engenheiro da empresa nunca foi ao hospital.
DENÚNCIA
Após a visita, registro de imagens e conversa com as trabalhadoras e trabalhadores, o Simpa encaminhará representação ao Ministério Público e denúncia ao Conselho Municipal de Saúde, Conselho Regional de Enfermagem (Coren) e Conselho Regional de Medicina (Cremers). O Sindicato também pedirá reunião com a direção do HPS. Problemas com a terceirização, tanto na Saúde como em outros setores da Prefeitura se repetem, enquanto Melo continua com a política de entrega dos serviços públicos à iniciativa privada, sem fiscalização e cobranças sobre os contratos.
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