Passados mais de cinco meses da enchente que atingiu a capital gaúcha, o Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) percorreu equipamentos da Prefeitura na Vila Elizabeth, no bairro Sarandi, um dos mais populosos e que ficam na Zona Norte da cidade, uma das regiões mais atingidas pelos alagamentos ocorridos em maio deste ano.
Após receber inúmeras denúncias sobre a situação dos serviços da Prefeitura nas áreas da educação, saúde, assistência social, esporte e lazer, e que estão fechados desde a enchente ou funcionamento de forma improvisada e precária, o Simpa fez inspeção nos equipamentos.
A EMEI da Vila Elizabeth permanece fechada. Já a EMEF João Goulart, único dentre os equipamentos vistoriados que está funcionando no próprio prédio, sofre com o longo período de reforma somente nas salas de aula do andar térreo. Além das diversas adequações e improvisações que são questionadas pela comunidade escolar, a escola segue com esgoto a céu aberto, mofo nas paredes e com condições precárias do pátio em função dos restos de entulhos da enchente. Os banheiros e a cozinha permanecem interditados e sem previsão de reforma. A preparação dos alimentos está em uma cozinha improvisada na sala dos professores e são servidos somente lanches. Os professores foram obrigados e usar o espaço vazio do refeitório. Todas os alunos, inclusive da Educação Infantil, são obrigados a utilizar banheiros químicos. A secretaria da escola, equipe diretiva ocupam a sala multiuso, que perdeu sua função. Problemas que já existiam antes da enchente estão agravados.
O atendimento dos pacientes na Unidade de Saúde Vila Elizabeth, que atende mais de 3.000 pessoas, continua ocorrendo em um contêiner colocado em frente ao prédio, que segue interditado. Em relação à assistência social, os serviços realizados pela Fasc na Vila Elizabeth estão fechados. A população mais carente, necessitada e também a mais atingida pelos alagamentos não pode contar com o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), com o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e com o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), que estão fechados. O mesmo ocorre com os equipamentos de esporte, recreação e lazer do Centro Comunitário da Vila Elizabeth (Cecove).
Quanto tempo mais o governo deixará trabalhadoras e trabalhadores em condições precárias de trabalho, assim como toda a população da região?
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