O site Gaúcha Zero Hora (GZH) publicou notícia nesta sexta-feira (6/12) com a manchete: “Polícia indicia dono da Pousada Garoa, presidente e servidora da Fasc por incêndio que matou 11 pessoas”. A matéria se refere ao incêndio ocorrido no dia 26 de abril, destruindo o prédio localizado na Avenida Farrapos que abrigava pessoas em situação de rua, encaminhadas pela prefeitura de Porto Alegre.
Fica evidente a negligência por parte do governo Melo que nada fez diante das inúmeras irregularidades em um espaço visivelmente precário para abrigar pessoas em situação vulnerável, eximindo-se da responsabilidade como gestor público que era de ao menos fiscalizar as instalações. O acidente que resultou na morte de 11 pessoas é consequência do modelo de gestão baseado nas parceirizações e terceirizações, que vem desmantelando o setor público e precarizando os serviços que são destinados à parte da população de Porto Alegre que mais necessita do estado.
Na reportagem é possível ler que “A Polícia Civil concluiu nesta semana o inquérito referente ao incêndio na Pousada Garoa, em Porto Alegre, que causou a morte de 11 pessoas e deixou outras 14 feridas, na madrugada de 26 de abril. Três pessoas foram indiciadas por incêndio culposo. A reportagem de Zero Hora apurou que os três indiciados são André Kologeski da Silva, dono da pousada Garoa, Cristiano Atelier Roratto, presidente da Fundação de Assistencia Social e Cidadania (Fasc) e a fiscal de serviço da Fasc, Patrícia Mônaco Schüler.”
A fonte da matéria é o delegado Daniel Ordahi, da 17ª delegacia de polícia da Capital, responsável pela investigação. Ele afirmou que “a série de irregularidades na pousada, que tornavam o espaço extremamente precário, contribuiu para os indiciamentos, principalmente do dono da pousada”. Também disse que o indiciamento do André Kologeski da Silva se deu pela negligência de hospedar várias pessoas em condições precárias, pois no dia do incêndio haviam 32 leitos ocupados. “E não é questão de simplicidade, eram precárias mesmo, isso não é um juízo de valor meu. É uma verdade incontestável”, afirma o delegado.
A respeito do presidente da Fasc e a fiscal de serviços, também indiciados, o delegado afirma que eles tinham papel de fiscalização sobre o contrato com a rede Garoa. “Nós vimos e ouvimos todo o organograma da Fasc no inquérito. Indiciamos quem estava diretamente envolvido. No caso, a fiscal e quem assinou o contrato – disse o delegado. Diante das informações, fica inegável a responsabilidade do governo municipal que, mais uma vez, não agiu como deveria e, além de violar direitos de pessoas em situação de vulnerabilidade social, também teve responsabilidade com as 11 mortes. Nesses casos, a responsabilidade do município e do governo é objetiva.
As e os trabalhadores da FASC, bem como o SIMPA sempre denunciaram a precarização que vem ocorrendo nos últimos anos. Seguimos lutando pela garantia de direitos, investimentos na assistência social, valorização profissional, condições dignas aos trabalhadores/as e aos usuários/as do serviço público de Porto Alegre. Reafirmamos nossa posição contra as parceirizações, terceirizações e privatizações. Somos municipários, somos Porto Alegre e vamos resistir!
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