Plenária denuncia o descaso da EJA pela prefeitura

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Convocada em conjunto pelo Simpa e Atempa, a Plenária da EJA, realizada de forma on-line na última sexta-feira (17/11), apontou as dificuldades das trabalhadoras e trabalhadores em educação que atuam na Educação de Jovens e Adultos – EJA para garantir a permanência dos estudantes na modalidade. Contou com a participação de mais de oitenta colegas representando cerca de nove escolas. Além da estrutura física precária (salas de aulas, laboratórios e bibliotecas) para o desenvolvimento do ensino, há falta de horários de ônibus para o deslocamento, muitas alunas afirmam não ter com quem deixar os filhos, daí a necessária extensão do horário de atendimento nas creches, bem como as(os) colegas abordaram a dificuldade de trabalhar com alunos de inclusão pela ausência de SIR (Sala de Integração e Recursos) e professores auxiliares, por exemplo.

Outro ponto destacado foi sobre a necessidade de uma política de acolhimento em ensino de língua portuguesa aos alunos imigrantes. Necessidades dos professores também foram colocadas durante a reunião, como as dificuldades geradas pela pulverização da carga horária dos professores em diversas escolas, a formação continuada que deve ser no turno de trabalho, bem como a falta de articulação das redes públicas. Outras políticas necessárias às demandas do público jovem e adulto também foram tratadas na reunião.

O objetivo da Plenária foi provocar a mobilização da categoria para cobrar da Secretaria Municipal de Educação (Smed) de Porto Alegre a inclusão das trabalhadoras e trabalhadores na definição dos rumos da modalidade. A posição do Sindicato e da Associação é de que nada seja deliberado sem o debate e participação daqueles atuam diretamente com os(as) estudantes da EJA, assumindo o lema: “nada sobre nós, sem nós”, tais como “orientações” em relação à mudança da organização curricular, alteração do horário das aulas, calendário e parcerias com empresas privadas para realização de oficinas nas escolas. As metas do PME (Plano Municipal de Educação), referentes à EJA, não obstante o trabalho comprometido das e dos educadores, estão longe do alcance projetado.

A falta de formação continuada, ausência de concurso público para a modalidade, falta de SIR e a pouca divulgação à população (Chamada Pública), por parte da Smed, sobre o processo de matrículas na EJA, foram outros pontos discutidos. A reunião contou ainda, na parte inicial com a presença do professor Evandro Alves (NIEPE/EJA-FACED/UFRGS) que fez uma breve exposição indicando no mapa de Porto Alegre as dez regiões com maiores demandas potenciais de matrículas para a EJA. Nesse sentido, Simpa e Atempa se comprometem em cobrar da Smed a realização da Chamada Pública. Simpa e Atempa se unem para garantir a divulgação da EJA e permitir que as comunidades escolares tenham acesso à modalidade. Faixas, panfletos e chamados em carro de som são disponibilizados, conforme a demanda apresentada pelos colegas em cada escola.

As entidades também se comprometeram em buscar junto ao secretário da SMED uma agenda para tratar da Chamada Pública por matrículas e condições de funcionamento da EJA na Rede Municipal apontadas na plenária, além de outras demandas.

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