Na tarde de terça-feira (3/9), a sala laranja do Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul (PACS), que é destinada para atendimentos que aguardam a realização de exames, estava tomada por macas entre os leitos normais, com mais de 20 pacientes graves, aguardando internação na rede hospitalar de Porto Alegre. Na manhã de hoje, quarta-feira (4/9), a situação segue igual, com pacientes aguardando internação desde os dias 21, 22 e 24 de agosto, sem nenhuma solução. Somente no saguão, 42 pessoas esperavam atendimento por mais de quatro horas, além dos casos trazidos pelo SAMU.
Além da demora na internação, a maioria dos usuários que aguardam exames, diante da superlotação, são obrigados a ir embora, sem o devido atendimento. A Saúde Mental, que na segunda-feira (2/9) chegou a 45 pacientes, ontem estava com 32 pacientes.
O Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) alerta que a falta de profissionais e a superlotação, que já viraram rotina, contribuem para o caos nos serviços do PACS. O Simpa tem notificado, sistematicamente, a atual gestão no que diz respeito às péssimas condições de trabalho a que são submetidos diuturnamente os servidores e servidoras da saúde, diante da falta de recursos e com perspectivas de aumento das demandas.
