CPI da educação: depoimento da ex-coordenadora pedagógica da SMED é evasivo e pouco nítido

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O Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) e a Associação dos Trabalhadores/as em Educação do Município de Porto Alegre (Atempa) acompanharam o depoimento de Michele Bartzen Acosta Schroder na manhã desta segunda-feira (6/10), em mais uma reunião conjunta das Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) destinadas a investigar supostas irregularidades na Secretaria Municipal de Educação (Smed).

A ex-coordenadora pedagógica, que foi exonerada, segundo ela, por motivos pessoais, participou dos processos de aquisição de materiais pela Smed. No entanto, em seu depoimento à CPI, respondeu às indagações dos vereadores de forma evasiva e pouco esclarecedora.

Michele Schroder atribuiu a responsabilidade na aquisição de materiais ao “corpo técnico” da Secretaria, se eximindo do comprometimento no processo, argumentando que sua participação ficava restrita à análise pedagógica dos materiais que seriam adquiridos. Quando foi perguntada do porquê os materiais adquiridos não passaram pela discussão com professores e/ou com a comunidade escolar, não soube responder.

A ex-coordenadora pedagógica não esclareceu como se deu o processo de aquisição dos materiais, desde o planejamento, à logística, distribuição e depósito dos mesmos. Ela insistiu que é do corpo técnico esta atribuição, não o identificando em nenhum momento. Michele Schroder também não conseguiu responder questionamentos sobre a dispensa do processo de licitação e os motivos que levaram à escolha de uma empresa com histórico de irregularidades.

Enquanto as CPIs avançam na Câmara de Vereadores, o Ministério Público do Rio Grande do Sul, por meio da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público, e a Polícia Civil, por meio da Delegacia de Combate à Corrupção do Departamento Estadual de Investigações Criminais deflagraram a Operação Verba Extra.

Nesta ação conjunta são apurados crimes de fraudes licitatórias, falsificação de orçamentos, superfaturamento de contratos entre 2017 e 2021, da ordem de R$ 8 milhões, que resultam na utilização ilegal de verbas públicas em obras e reformas de escolas. É bom lembrar que neste período, o MDB de Melo sempre esteve na composição dos governos e com cargos na gestão da Smed.

O Simpa está acompanhando os trabalhos das CPIs na Câmara Municipal e segue atento aos seus desdobramentos, informando a categoria municipária. Para saber mais sobre o histórico de denúncias e das CPIs, acesse: https://wp.me/p9XMF5-7ij  

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