A mobilização de monitoras/es, famílias de alunos atípicos e comunidades escolares contra o remanejo a que estão sendo submetidas na rede de ensino de Porto Alegre está cada vez mais forte. Na manhã desta terça-feira (18/2) foi realizado um ato público, com apoio do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) e da Associação dos Trabalhadores em Educação do Município de Porto Alegre (Atempa), em frente à Secretaria de Educação (Smed). Após concentração em frente ao Paço Municipal, o grupo saiu em caminhada, em protesto pelas transferências arbitrárias, sem aviso ou preparação, desconsiderando os vínculos estabelecidos com crianças e jovens da inclusão escolar e desrespeitando a organização familiar dos trabalhadores, que estão sendo deslocados para escolas em regiões distantes de suas lotações anteriores.
A pressão do ato público resultou em uma auto-agenda com a chefe de gabinete, a coordenadora de Recursos Humanos e o secretário adjunto da Smed. As manifestantes indicaram uma comissão formada por quatro monitoras, três mães de alunos atípicos, a diretora do Simpa, Bete Charão, e a diretora da Atempa, Rosele Bruno de Souza. Também acompanharam a reunião a deputada Sofia Cavedon (PT) e os vereadores Jonas Reis (PT), Juliana Souza (PT) e Grazi Oliveira (PSOL). Grazi e Juliana integram a Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude (CECE) da Câmara Municipal de Porto Alegre.
A diretora do Simpa, Bete Charão, solicitou que a Smed interrompesse imediatamente os remanejos em função dos prejuízos que vem causando para os alunos atípicos. Também falou da importância dessas monitoras na rotina escolar, que são fundamentais para esse público da educação especial/inclusiva. “Essa mobilização foi organizada pelas monitoras que foram despejadas, por colegas monitoras que ainda não foram, mas que estão ameaçadas de serem transferidas a qualquer momento, e também pelas famílias atípicas que são atendidas por essas monitoras da rede. É um desrespeito do Melo, que se diz um prefeito de diálogo, com essas trabalhadoras, com as famílias e com os alunos com necessidades de aprendizagem e/ou com deficiência. Essas trabalhadoras foram pegas de surpresa e, da noite para o dia, tiveram que mudar toda a sua vida, toda a sua rotina. As monitoras saíram de férias e quando retornaram foram notificadas da transferência”, explicou a diretora do Simpa.
Durante a auto-agenda, diversas mães de alunas/os atípicas/os deram depoimentos sobre a importância do acompanhamento dos monitores no dia-a-dia dos seus filhos e mencionaram a diferença dos cuidados e do trabalho, que conta com apoio pedagógico referência, das monitoras em relação aos estudantes que têm mais dificuldade de manter vínculo. Na ocasião, o secretário adjunto da Educação recebeu um abaixo-assinado da Escola Monte Cristo para que os monitores não sejam transferidos. Ficou definido que haverá uma nova reunião para dar sequência à discussão sobre o remanejo, marcada para a próxima sexta-feira (21/2), com a presença do secretário Leonardo Pascoal.
Somos municipários, somos Porto Alegre e vamos resistir!
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