Considerando as diversas denúncias de ameaças e pressão psicológica direcionadas a trabalhadores(as) da UTI pediátrica do Hospital Materno-infantil Presidente Vargas, por parte de familiares de pacientes, ocasionando grave risco à saúde física e mental desses profissionais, a Asserpv e o Simpa vêm prestar total apoio aos colegas e explicar à população usuária do hospital de quem é a responsabilidade da situação chegar a este ponto.
O atual desmonte da saúde pública, por parte do governo municipal, com o objetivo de enfraquecer o SUS é o principal fator dos problemas que servidores(as), pacientes e familiares vêm enfrentando no hospital. A prefeitura não repassa verbas ou as aplica de forma inadequada, sendo que deveriam ser utilizadas para a efetiva manutenção de leitos com estrutura adequada, e/ou o aumento de número deles. Devido ao fechamento em outros atendimentos pediátricos pelo SUS na capital, o atendimento no HMIPV se encontra em sobrecarga, em todas as esferas, ocasionando imensa demora, chegando, por vezes, a ultrapassar 12 horas de espera em suas emergências. Isso é absurdo e inadmissível.
A política de terceirização dos serviços leva à precarização e a superexploração de trabalhadores(as) cada vez mais sobrecarregados(as) e sem condições de trabalho, afetando diretamente o atendimento à população. A falta de profissionais para atender nos hospitais municipais tem se agravado muito, pois o governo em Porto Alegre não realiza a nomeação de aprovados(as) em concursos, o que aumenta a crise no atendimento e faz crescer a espera em filas intermináveis. Isso tudo sem falar na sobrecarga de trabalho aos profissionais que atuam nestes serviços, sem o mínimo de condições para exercerem suas atribuições.
É necessário que toda a população usuária do SUS, assim como trabalhadores(as) da saúde, lutem juntos contra o desmonte da saúde pública, contra o fechamento de leitos e a retirada das verbas do SUS. Também precisamos lutar contra as políticas de precarizações e terceirizações que desqualificam o atendimento à população e exploram cada vez mais trabalhadores(as), que, através destes vínculos precários, acabam sendo privados de seus direitos essenciais. Neste cenário, a população, também trabalhadora, sofre e acaba cobrando justamente daqueles e daquelas que carregam a saúde pública nas costas, mesmo sem o mínimo de condições de trabalho, os e as trabalhadores(as) da saúde. Quem sofre as intimidações, na verdade também é vítima da política do governo municipal.
O governo Melo é responsável pelo sucateamento da saúde pública em Porto Alegre. Aliado ao governo Leite, no estado, eles abusam das leis que atacam os serviços públicos, como a lei das Terceirizações e das PPP’s (Parcerias Público/Privadas). Precisamos exigir do governo Lula o fim da lei das Terceirizações e das PPP’s que preveem a entrega do patrimônio público para a rede privada e a revogação das Reformas da Previdência e Trabalhista que atacaram e retiraram direitos jogando trabalhadores(as) na miséria. E quanto aos governos Melo e Leite, cobramos que apliquem e paguem imediatamente o Piso Nacional de Enfermagem! O SUS não pode ser balcão de negócios! É direito e patrimônio público de toda a população!
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