Seguindo o roteiro de visitas às escolas da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre, a direção do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) encontrou situações preocupantes em diversas escolas, tanto de precariedade na estrutura física, quanto pela falta de recursos humanos necessários para garantir as aulas. Enquanto as comunidades escolares enfrentam dificuldades, a Secretaria Municipal de Educação (Smed), que deveria ter priorizado as demandas das direções, investe em atividades de fachada.
Somente nas três escolas visitadas nessa quinta-feira (15/2), a diretora e o diretor do Simpa, Bete Charão e Assis Olegário, encontraram diversas situações que já deveriam estar sanadas antes do início do ano letivo.
EMEF DÉCIO MARTINS COSTA
Só depois de mais de um mês que ocorreu o temporal, com árvores e galhos caídos no pátio, na calçada e na rua, é que a Prefeitura começou a remoção, e somente após denúncia na imprensa. A escola também convive com a falta de capina e de limpeza constante e com a ameaça de queda sobre o prédio de um poste de concreto da rede de energia elétrica. No laboratório de aprendizado, um vazamento de água prejudica a estrutura.
EMEF ILDO MENEGHETTI
Nesta escola, também somente após denúncia na imprensa, a Prefeitura enviou equipe para retirada de árvore caída na pracinha. Falta ainda a capina do pátio e a troca de telhas (chove dentro da escola), sem que a Smed informe prazo para resolução. Durante a visita, os diretores do Simpa organizaram uma rápida reunião para informar os colegas e tirar dúvidas sobre questões da data-base 2024 e assuntos gerais de interesse da categoria.
EMEI VILA MAPA II
Na EMEI Vila Mapa II o descaso da Smed é ainda maior. A escola estava há quase um ano com uma sala de aula interditada, com problemas de umidade e mofo ocasionados pela infiltração de água da chuva pelo telhado. A situação se agravou após o temporal de janeiro, com o destelhamento de quase todo o prédio da escola. Com a estrutura totalmente interditada, a Smed orientou para que os alunos das três turmas do turno da manhã e da tarde fossem acolhidos na Biblioteca Comunitária do Arvoredo, que fica próxima a escola. O lugar, no entanto, consiste em uma estrutura de galpão, onde continuam acontecendo as atividades da Biblioteca e foi feito somente um acordo para que as turmas da Educação Infantil utilizem o pátio, que também é compartilhado com moradores do local.
Não somente o uso da estrutura da Biblioteca do Arvoredo é irregular, diversas outras irregularidades acontecem em decorrência da precariedade do local. As crianças estão expostas a picadas de insetos e aranhas, além do risco de compartilhar os banheiros com os usuários adultos da Biblioteca, o do lanche (somente bolachas e frutas) ser servido na rua, assim como é feita a troca de fraldas, sobre um colchonete na área externa. Nos dias de chuva, até a visita do Simpa, o atendimento era interrompido. Agora, quando chove, as turmas serão transferidas para a sede de um centro espírita que funciona no mesmo terreno. Não há local para que as trabalhadoras e trabalhadores façam suas refeições, nem oferta de restaurantes no entorno da EMEI.
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