Simpa suspende participação nos grupos de trabalho com o governo

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Ao final da greve dos municipários, cumprindo o acordo firmado, foram instituídos três Grupos de Trabalho (GT) entre o Simpa e o governo municipal: GT Plano de Saúde, GT Plano de Carreira e GT do Assédio Moral. Durante mais de 60 dias, a direção do Sindicato reuniu-se periodicamente com os representantes do governo, sob a coordenação do secretário de Administração, Elói Guimarães.
O debate sobre o Plano de Saúde estava avançando, inclusive com o acolhimento de algumas das propostas deliberadas pela categoria na assembleia do dia 12 de agosto. Na reunião do dia 16 de setembro, fomos surpreendidos com uma nova posição do governo, que recuou radicalmente nos termos construídos. Segundo o secretário, o prefeito José Fortunati exige que se trabalhe na perspectiva de 100% de adesão da categoria, sem aumentar o valor do aporte financeiro da Prefeitura, que, hoje, é de R$ 1,5 milhão, o que representaria um subsídio de R$ 50,00, aproximadamente.
Essa postura é um desrespeito total a todo o trabalho desenvolvido e à própria palavra do prefeito, que dizia ser uma questão de honra resolver o problema da assistência à saúde dos municipários. É importante lembrar que, durante dois anos, lutamos pelo IPE, que representaria um desembolso de R$ 4 milhões, na época. Valor que nunca foi questionado.
No documento assinado ao final da greve, consta o compromisso com o plano de saúde dos municipários. Perguntamos: qual o valor da palavra empenhada pelo prefeito?
Nos outros grupos de trabalho as dificuldades também são grandes. Há uma grande resistência, por parte do governo, em aceitar as reivindicações da categoria. Num quadro tão adverso, a diretoria do Simpa decidiu suspender a participação nos GTs. Em audiência realizada no último dia 18, apresentamos a decisão ao vice-prefeito, Sebastião Mello, que se comprometeu de encaminhar a discussão junto ao prefeito. Também pautamos o “efeito cascata” e muito nos preocupou a postura do governo, que variou entre o desconhecimento e o descaso.
Precisamos retomar a mobilização para não retroceder e superar os entraves na negociação. Nesse sentido, o Simpa está realizando reuniões nas regiões, assembleias por secretarias. Em nova reunião do CORES, no dia 25 de setembro, serão deliberadas novas ações de luta, entre elas um ato de protesto.

 

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