SIMPA REÚNE-SE COM A COORDENAÇÃO E SERVIDORAS DA CASA VIVA MARIA PARA DISCUTIR LOTAÇÃO E FUTURO DA UNIDADE

O Diretor Geral do SIMPA, João Ezequiel, reuniu-se com a coordenação e as servidoras da saúde lotadas na Casa de Apoio Viva Maria (CAVM), na tarde desta quinta-feira (03/07), para tratar da permanência das trabalhadoras na unidade. A iniciativa partiu do Sindicato após chegar ao conhecimento do diretor que avança o processo de transferência da Casa para a Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS).

Entre os principais temas debatidos, estiveram a permanência e a lotação das servidoras, diante da possibilidade da transferência da Casa de Apoio Viva Maria para a competência da SMAS. Segundo relatos, há previsão de que a secretaria assuma a gestão da unidade até o final de julho, com possibilidade de repasse da gestão para uma entidade privada, o que tem gerado apreensão entre as trabalhadoras.

Também foi discutido o futuro da política pública de proteção às mulheres vítimas de violência doméstica e sexual em Porto Alegre. A Casa de Apoio Viva Maria — maior instituição da América Latina dedicada ao acolhimento desses casos — corre o risco de ser concedida ao Instituto Giannelli, o mesmo que atualmente administra a Casa Bethânia. O SIMPA alerta para o avanço da terceirização e o consequente desmonte da política municipal de enfrentamento à violência contra a mulher, o que pode comprometer a proteção às vítimas. A Casa oferece atendimento de longa permanência a mulheres em situação de violência, muitas delas acompanhadas de seus filhos.

Com mais de 30 anos de atuação, a Casa de Apoio Viva Maria já acolheu mais de 2.500 mulheres. É uma instituição reconhecida em todo o estado e internacionalmente, sendo referência latino-americana no tema. A unidade tem capacidade para receber até 10 mulheres e seus filhos, e mantém seu endereço em sigilo como medida de segurança para as assistidas.

Diante do cenário, o SIMPA solicitará uma reunião com a Coordenação de Gestão de Pessoas (CGP) e a Diretoria de Atenção Primária em Saúde (DAPS), da Secretaria Municipal de Saúde, para verificar se de fato existe um processo de transferência da unidade para a SMAS e qual será o futuro das servidoras atualmente lotadas na Casa de Apoio Viva Maria.

Somos municipári@s, somos Porto Alegre e vamos resistir!