Unificadas em defesa da vida, contra o machismo, a violência e a reforma da Previdência, mulheres do campo e da cidade promoveram uma série de atividades no 8 de Março Unificado de Porto Alegre, promovido por diversos movimentos sociais hoje, 08/03, no Largo Glênio Peres e na Esquina Democrática. O Simpa e a categoria municipária participaram de toda a programação, reforçando o apoio do Sindicato à luta em defesa dos direitos das trabalhadoras e contra a violência e o machismo.
Ao longo de todo o dia, as participantes se voltaram para o diálogo com a população que diariamente transita pelo centro, por meio de atividades diversas, como feiras, debates e apresentações. O foco dos painéis, que tiveram a participação de mulheres de diversas frentes de luta, foi debater e alertar sobre a gravidade do feminicídio e da violência contra as mulheres, que vem aumentando de maneira alarmante nos últimos meses e anos; os direitos reprodutivos, cujo debate tem sido sistematicamente interditado por forças políticas conservadoras e de extrema-direita, o que se agravou com a chegada de Bolsonaro ao poder; e a reforma da Previdência, que ataca os direitos de toda a classe trabalhadora, mas atinge especialmente as mulheres do povo.
O dia se encerrou com o Ato pela Vida das Mulheres Trabalhadoras, na Esquina Democrática, seguido de caminhada pelas ruas do centro, que terminou por volta das 21h no Largo Zumbi dos Palmares. Nas falas das lideranças dos movimentos sociais e nas palavras de ordem entoadas pelas participantes, prevaleceram a denúncia do feminicídio, do machismo e dos ataques de Bolsonaro ao povo e às mulheres – entre eles a reforma da Previdência – e a homenagem à vereadora carioca Marielle Franco que, assassinada há um ano, se tornou símbolo da luta das mulheres e do povo contra toda forma de violência, preconceito e opressão.
