O Simpa participou, nos últimos dias, de duas importantes agendas ligadas à defesa dos direitos dos trabalhadores da saúde diante do agravamento da pandemia de Covid-19.
Nesta terça-feira, 23, representantes do Simpa, do Cores Saúde, da Comissão dos Trabalhadores do PACS e da CSST da SMS se reuniram com o diretor da Vigilância em Saúde de Porto Alegre, Fernando Ritter, e a equipe técnica da Epidemiologia.
Na reunião, foram solicitados esclarecimentos sobre o surto de Covid-19 no PACS e em outros nos locais de trabalho. Também foram pedidas orientações sobre em que situação os trabalhadores devem pedir a comunicação da NAT (Notificação por Acidente de Trabalho) para contaminados pelo coronavírus e sobre as medidas de prevenção para o controle dos focos do surto.
Na segunda-feira, 22, o Simpa participou de reunião com o Coren-RS, ASHPS, Sergs, SindSaúde, CMS e Astec para discutir a difícil situação do atendimento aos pacientes com Covid-19 em equipamentos públicos municipais.
Dentre outras questões, foram apontadas a precariedade do serviço feito pela Associação Vila Nova no HPS e as dificuldades vivenciadas no PACS e no HMIPV. No caso do HPS, foi relatado que a terceirização, em alguns setores, da equipe de enfermagem levou à contratação de profissionais sem experiência e capacitação, além de não haver supervisão desses profissionais, situação que prejudica os cuidados aos pacientes. Foi relatado, ainda, que estão ocorrendo denúncias graves com relação à falta de assistência aos pacientes.
Também foi colocado que os trabalhadores da saúde estão cansados, exauridos, com sua saúde mental e física abaladas. Neste sentido, foi solicitado que o Coren visite e fiscalize os locais de trabalho — além dos já citados, as unidades de atenção básica — para averiguar a situação dos profissionais nesses locais.
Outra questão abordada foi a falta de atendimento e testagem dos servidores técnicos e auxiliares de enfermagem com sintomas gripais em seus locais de trabalho, uma vez que eles estão sendo encaminhados para outro local de atendimento.
O Coren reforçou a necessidade de que todos os trabalhadores façam suas denúncias via ouvidoria do conselho e na ouvidoria da Prefeitura, com registros claros e comprobatórios, a fim de que os casos sejam apurados e sejam tomadas as medidas cabíveis.
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