Organizações, coletivos e entidades ligados aos movimentos negros promoveram um ato pelo fim da violência policial, no final da tarde desta quinta-feira (24/8), na Esquina Democrática, no Centro Histórico de Porto Alegre. O Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) participou da atividade que faz parte da Jornada Nacional de Luta Pelas Vidas Negras, realizada em todo Brasil. Os diretores João Ezequiel, Luciane Congo e Bete Charão, além de diversos representantes dos Cores, participaram da manifestação.
De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2023, no ano passado o Brasil registrou 47.398 mortes violentas intencionais (MVI). Na região Sul foram registrados 5.328 mortes em 2022; 5.127, em 2021; 5.334, em 2020. A categoria MVI foi criada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e agrega as vítimas de homicídio doloso (incluindo feminicídios e policiais assassinados), roubos seguidos de morte, lesão corporal seguida de morte e as mortes decorrentes de intervenções policiais.
Em relação ao perfil étnico-racial das vítimas, 76,5% dos mortos eram negros. O Anuário indica também que os negros são o principal grupo atingido pela violência, independente da ocorrência registrada. O índice é ainda maior quando se trata das vítimas de intervenções policiais, chegando a 83,1%.
Entre as reivindicações do movimento estão a obrigatoriedade do uso de câmeras corporais nos uniformes de policiais para prevenir casos de abuso de poder e violência e a proibição de operações reativas, com caráter de vingança em casos de mortes de policiais e invasões em comunidades.
O ato foi organizado por representantes da Coalizão Negra por Direitos, do Movimento Negro Unificado (MNU), Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde (Renafro), da União de Negros pela Igualdade (Unegro) e do Fórum Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional dos Povos Tradicionais de Matriz Africana (Fonsanpotma).
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