Na tarde desta quinta-feira (21/3), Simpa, trabalhadores municipários, Conselho da Lomba do Pinheiro, lideranças da região, parlamentares que defendem os serviços públicos e usuários participaram de um ato contra a privatização do Pronto Atendimento Lomba do Pinheiro. A mobilização foi em resposta à nova medida do prefeito Nelson Marchezan, que, na semana passada, publicou pelo portal da Prefeitura Municipal um edital para terceirização na saúde pública, passando a gestão de serviços dos pronto-atendimentos Lomba do Pinheiro e Bom Jesus para a iniciativa privada.
“Eles querem transformar a saúde em mercadoria, mas nós não vamos deixar”, afirmou o diretor geral do Simpa, Jonas Tarcísio Reis. Ele lembra os péssimos contratos feitos entre a Prefeitura e empresas terceirizadas, que, geralmente, pioram os serviços prestados e desrespeitam os direitos trabalhistas dos seus funcionários. “Primeiro, Marchezan terceiriza para depois fechar os serviços”, denuncia Reis.
Segundo o Conselho Municipal de Saúde (CMS), o edital ainda não possui parecer e não passou por nenhuma comissão para ser aprovado. Fernando Pigatto, presidente do Conselho Nacional de Saúde, argumenta que se existe uma Constituição Federal e se existem leis que garantem que todas as decisões de alteração das politicas públicas devem passar pela instituição e pelos espaços de discussão que são paritários, é ali que tem que se dar o debate.
‘Nesses espaços têm a presença de usuários e usuárias, trabalhadores e trabalhadoras e de quem esta na gestão e prestando serviço. É ali que deve ser feito o debate.”, pondera Pigatto.
Para Maria Ines, representante do Conselho Distrital da Leste e da Associação de Moradores do bairro Bom Jesus, a iniciativa privada quer lucro, enquanto no SUS sempre cabe mais um. “Sempre vamos ter um olhar humanizado para a população”, defende.
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