De forma triste a direção do Simpa acompanhou, nesta manhã (19/12), a votação do projeto de lei nº 12/2018 do Executivo que autoriza a contratação temporária de 240 professores para a Secretaria Municipal de Educação (Smed), aprovado por uma parcela da Câmara de Vereadores. Sindicato cobra concursos públicos e não medidas paliativas.
Os professores em contrato temporário não terão direito à carreira pública, apenas ao salário, desempenharão as mesmas funções dos professores concursados e trabalharão sem continuidade de projetos. “Isso poderá gerar processos judiciais contra a Prefeitura de Porto Alegre. É uma vergonha que o governo Marchezan coloque em risco o erário público ao ter que arcar com possíveis precatórios no futuro”, disse Jonas Tarcísio Reis, diretor geral do Simpa.
Ele lembra que hoje, na Prefeitura, tem mais de 700 cargos vagos de professores que fazem falta no dia a dia das escolas. Há turmas sem vagas até hoje, no fim do ano letivo. “O governo não prioriza a educação no município de Porto Alegre. Sabendo, antes de janeiro, do déficit de professores ele já poderia ter feito concurso público. Não fez porque tinha o propósito de deixar as crianças da rede municipal de Porto Alegre sem aulas e as escolas mais precarizadas do que em 2017, como se as famílias que pagam impostos tivessem que se acostumar com o sequestro do direito a educação de seus filhos”, argumenta o diretor geral.
A direção do Simpa e os trabalhadores em educação de Porto Alegre repudiam a tentativa de transformar educação em mercadoria! Em outros tempos, esta rede gozava de uma qualidade e de uma postura de acolhimentos às famílias e alunos de forma ímpar.
CONCURSOS JÁ
Há um concurso que o governo não homologa. Até agora, não pagou a empresa que realizou o certame, cometendo mais um crime contra aqueles que realizam concursos e estão esperando as nomeações. O governo Marchezan desrespeita toda a categoria de professores: os que estão na Prefeitura e os que desejam ingressar.
Mais uma vez, a gestão da Smed demonstra sua incompetência e incapacidade de planejar anos letivos e organizar o Recursos Humanos de uma rede que tem apenas 99 escolas. “Lamentamos que a cidade tenha que experimentar níveis tão graves de precarização do direito humano a educação”, finaliza Jonas Reis.
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