Usuários e trabalhadores da saúde vivem cenário de guerra dentro do Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul (PACS). Nesta terça-feira (22/4) a o número de pacientes graves precariamente acomodados aguardando a transferência para hospitais, chegou a 38 em local previsto para somente 9 acomodações e com apenas dois banheiros. Diante da denúncia de servidores, a diretoria do Simpa esteve no PACS e conversou com a direção do Pronto-Atendimento.
A nova direção geral assumiu há cerca de uma semana e ainda não há coordenação geral de enfermagem, nem mesmo responsável técnico de enfermagem. Segundo a atual diretora geral, a odontóloga Liliane Cardoso Hilgert, o Conselho Regional de Enfermagem – COREN foi notificado sobre estas situações. A mesma afirmou que todas as Coordenações do PACS foram informadas sobre a posse da nova direção geral e que todos os servidores serão também informados formalmente. No entanto, diversos servidores relataram ao sindicato que não sabiam sobre a alteração no quadro diretivo.
ENTENDA A SITUAÇÃO
A sala laranja está lotada e há pessoas nos corredores, instalados em macas e cadeiras danificadas, com péssimas condições de uso. A sala não é local de atendimento das pessoas que necessitam de transferência para um leito hospitalar, mas diante da demanda, precisou ser utilizada desta maneira. A superlotação na espera por leitos prejudica, além dos enfermos, em prioridade, o local para quem está aguardando para fazer exames e obter seus resultados.
As complicações vão além da superlotação. Não há previsão de conseguir os leitos necessários e, quando o leito está vago, a empresa terceirizada demora de quatro a cinco horas para fazer o transporte dos pacientes. Além disso, também é precário o transporte para os hospitais.
FALTA DE SERVIDORES/AS
A situação se torna ainda mais grave porque a falta de servidores no PACS segue sendo crônica e o governo municipal convoca os aprovados em concurso da saúde a conta gotas. A SMS já enviou ofício para a SMAP solicitando a nomeação de 284 servidores de diversos cargos, no entanto, o Comitê que autoriza as nomeações negou a solicitação. A SMS também requisitou a transformação de mais de 200 cargos de auxiliar de enfermagem para técnico, o que também não foi atendido por este comitê central.
Em relação às contratações emergenciais do PACS, a situação é ainda mais grave, porque o governo não cumpre a lei aprovada pelo Legislativo que autoriza essas contratações e destina dezenas de técnicos para o PACS, o que colabora para a situação caótica da Saúde em Porto Alegre.
O Simpa vem alertando e denunciando sobre estas situações, que já se tornaram recorrentes no PACS e emergências municipais, inclusive ao próprio Ministério Público, porém a gestão municipal não promove solução concreta ao problema. Seguiremos cobrando e denunciando para que medidas sejam tomadas.
Somos municipári@s, somos Porto Alegre e vamos resistir!
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