Simpa e categoria municipária somam força na Marcha Zumbi Dandara e pelo Fora Bolsonaro racista

 

 

No sábado, 20 de Novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, o Simpa e a categoria municipária de Porto Alegre voltaram às ruas para somar força na Marcha Independente Zumbi Dandara, retomada após quase dois anos de isolamento social. A manifestação, que celebrou os 50 anos do Dia da Consciência Negra também reforçou a luta pelo Fora Bolsonaro, denunciando o governo responsável pela retirada de direitos, aumento da fome e do desemprego no país e que escancara o racismo estrutural. Da concentração, no Largo Glênio Peres, os manifestantes saíram em marcha até o Largo Zumbi dos Palmares.

 

Há 50 anos, o 20 de novembro é dia de luta e de conscientização sobre a violência e a exclusão que atingem majoritariamente a população negra e pobre. No RS, no país e em todo o mundo foram organizados atos e marchas de protesto. Na capital gaúcha, a mobilização foi organizada pelo movimento negro e de combate ao racismo, com o apoio das centrais sindicais, movimentos sociais e partidos de esquerda.

 

“A realização da Marcha Zumbi Dandara é importante momento de denúncia da situação das mulheres negras e do povo negro, que junto com a população mais vulnerável sofrem com governo Bolsonaro e o sistema de opressão que a gente vive. Ser antirracista é defender um outro projeto de sociedade, com soberania e desenvolvimento”, afirmou a diretora do Simpa, Luciane Pereira, no encerramento da Marcha.

 

A direção do Simpa levou para a mobilização o alerta de que, em Porto Alegre, o governo Melo, está seguindo a política de Bolsonaro e o desmonte do serviço público iniciado pelo ex-prefeito Marchezan, que acabará com o acesso à educação de qualidade, à saúde e a todos os serviços. O governo Melo já privatizou a Carris e ameaça privatizar o Dmae, tornando a água mais cara para a população.

 

VIOLÊNCIA CONTRA A POPULAÇÃO NEGRA

 

Homenagens à vereadora Marielle Franco (PSol), assassinada no Rio em março de 2018 por milicianos em virtude da sua militância e João Alberto Freitas, espancado e assassinado por seguranças do Carrefour, em Porto Alegre, em novembro do ano passado, foram uma forma de denúncia da violência contra o povo negro.

 

No Brasil, 78,9% das mortes nos chamados “conflitos” com policiais atingem pessoas negras e pobres, moradoras das periferias do país. Entre 2009 e 2019 o número absoluto de mortes violentas de pessoas negras subiu 1,6% no país, ao passo que o do restante da população caiu 33%.

 

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad-Contínua), do IBGE, Mais de 70% dos desempregados durante a pandemia são negros e negras.

 

Além disso, 2,5 milhões de trabalhadores e trabalhadoras negros ficam mais de dois anos desempregados. Entre os não negros, o número é de 1,4 milhão.

 

Texto com informações do portal Extra Classe [https://www.extraclasse.org.br]

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