Na tarde da terça-feira (20/12), o diretor geral do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (SIMPA), João Ezequiel e a diretora geral da Associação dos Servidores do Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas (ASSERPV), Daniela Perrone, participaram de reunião com a direção do hospital e funcionários/as terceirizados da nutrição. Mário Fernando, representante do gabinete do vereador Roberto Robaína (Psol) também acompanhou a reunião. A situação do atraso nos pagamentos e a falta do depósito para o vale-transporte desses colegas têm se repetido há alguns meses, o que ocasionou atrasos na entrega e queda na qualidade das dietas fornecidas aos pacientes, em sua maioria crianças e recém-nascidos.
Além dos prejuízos aos trabalhadores da empresa terceirizada e aos pacientes, é importante destacar a situação pela qual os servidores do hospital têm passado. A refeição oferecida aos municipários do HMIPV teve uma redução drástica na qualidade. A enfermagem precisa realizar a função de buscar as dietas dos pacientes, dado que a nova empresa vai assumir somente em 27/12. E as colegas servidoras da nutrição se encontram em condições exaustivas devido a sobrecarga de trabalho, pois precisam virar plantões no lactário e na cozinha para atender a demanda.
A empresa Sabor BR, responsável pelos funcionários terceirizados da nutrição, teve seu contrato encerrado e um contrato emergencial está sendo providenciado com outra empresa, até que se realize novo edital. Diante da gravidade da situação, as entidades entregaram ao diretor geral do HMIPV, Cincinato Fernandes Neto, um documento com o levantamento de todos os valores devidos da empresa Sabor BR aos trabalhadores, solicitando que a direção faça o intermédio com a empresa e a prefeitura para a solução do problema.
Cincinato informou que a direção está a par do ocorrido e devido aos problemas com a empresa Sabor BR, a prefeitura reteve alguns dos repasses como forma de proteção futura aos funcionários. Diante do apresentado, disse que vão intermediar para que o repasse retido no mês de Julho seja depositado até a próxima terça-feira (26), para que a empresa pague o 13º salário. O diretor informou também que outros dois meses de repasses foram retidos como garantia.
João Ezequiel citou o caso de uma terceirizada da FASC que em determinado momento desapareceu sem pagar o que devia aos funcionários, e que a solução foi encontrada através de autorização do Ministério Público do Trabalho para que a prefeitura efetuasse o pagamento diretamente aos trabalhadores. As entidades sugeriram que o mesmo seja feito caso o 13º salário não seja pago esse mês pela Sabor BR. Outra solicitação, foi a garantia de que as e os trabalhadores contratados pela Sabor BR sejam recontratados pela nova empresa que assumirá a nutrição do hospital. Especialmente alguns casos pontuais que seguem com incertezas, conforme consta no documento.
O Simpa e a Asserpv seguirão acompanhando e monitorando a situação, até que todos os valores devidos sejam repassados aos funcionários, inclusive os referentes à rescisão, dado o fim do contrato e para que não haja nenhuma retaliação aos trabalhadores que se ausentaram do trabalho em função de não terem recebido seus salários, bem como o vale-transporte.
Leia abaixo o documento entregue:
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