SIMPA E ASHPS FISCALIZAM DENÚNCIAS NO HOSPITAL DE PRONTO-SOCORRO

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O diretor geral do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre – SIMPA, João Ezequiel e a vice-presidenta da Associação dos Servidores Municipais de Porto Alegre – ASHPS, Janaína Brum, visitaram o Hospital de Pronto-Socorro de Porto Alegre – HPS na tarde da quarta-feira (03/07) para fiscalizar denúncias em diversos setores. Na ocasião, foram na emergência, na radiologia, na sala de recuperação e na enfermaria que vai receber os profissionais da operação inverno.

EMERGÊNCIA

Foi constatado que a sala de emergência estava naquele momento com 31 pacientes para 4 técnicos responsáveis por atendê-los. E que na segunda-feira (1/07), após denúncias, a emergência que estava com 42 pacientes para 2 enfermeiras e 6 técnicos trabalhando no setor, diversos pacientes foram transferidos para outro hospital. O setor é composto por duas salas e os números oficiais, que elas estariam preparadas para atender com este número de técnicos e estrutura fixa de equipamentos, seria de 14 pacientes em uma das salas e 6 leitos na outra. Para profissionais da emergência, o maior problema não é adequar mais leitos no local, mas a falta de profissionais para atuar com este número de pacientes. Além disso, informaram que entre os profissionais que estão trabalhando no setor, sete deles irão trabalhar em outra unidade do hospital via operação inverno, a partir da sexta-feira (05/07), deixando a emergência com ainda menos profissionais.

RADIOLOGIA

No setor de radiologia duas situações foram identificadas. Uma delas é a preocupação dos servidores do local com o quão efetivos estão os chumbos instalados há muitos anos nas paredes do local para proteção da radiação. Segundo colegas, nos últimos seis anos foram pelo menos 7 servidores do setor que desenvolveram câncer, uma situação gravíssima a qual o Simpa vai contatar com órgãos responsáveis para levar a preocupação dos colegas e pedir que façam verificação das condições do local. 

Outra preocupação é a constante falta de profissionais, no setor faltam ao menos 13 técnicos em radiologia. O Simpa e a ASHPS foram informados que duas salas de raio X não estão em operação por falta de servidores e que um novo equipamento de tomografia será instalado, no entanto, não há profissionais suficientes para atender duas salas de tomografia. A garantia da proteção contra a radiação e o novo equipamento de tomografia são fundamentais, considerando o aumento do número de exames de tomografia realizados. Somente no mês de junho, foram mais de 3 mil tomografias no HPS.

SALA DE RECUPERAÇÃO, ENFERMARIA E OPERAÇÃO INVERNO

No local que vai receber a enfermaria do 4º andar e a operação inverno, João e Janaína encontraram a Sala de Recuperação atuando temporariamente, em meio ao forte cheiro de tinta no local recém-pintado. A SR foi transferida por dois dias para lá, enquanto a sala original passa por dedetização para acabar com os piolhos de pombas que tomaram conta do lugar. O mais preocupante foi saber que até iniciar a dedetização, seguiram no local servidores e pacientes durante um mês. Situação inadmissível para um ambiente hospitalar.

A partir da sexta-feira (05/07), será aberta a enfermaria do 4º andar, após a Sala de Recuperação retornar ao seu local de origem. A enfermaria vai ter capacidade para 16 leitos e vai receber profissionais temporários que atuarão na operação inverno. Entre eles, os citados anteriormente, que estão na emergência. A preocupação em relação a esse setor é que na sala de isolamento da enfermaria, a porta vai para uma sacada que tem telas antigas de proteção para que as pombas não entrem, no entanto, inúmeros buracos que passam uma pomba inteira foram encontrados. Outra situação que precisa ser resolvida com urgência.

ATENDIMENTO PSICOSSOCIAL

Outra denúncia recebida, foi a ausência de psicólogos e assistentes sociais. Hoje o HPS possui apenas dois psicólogos e uma assistente social para atendimento de todo o hospital, número extremamente baixo e insuficiente. No entanto, há aprovados em concursos para ambos os cargos e o governo Melo não nomeia novos profissionais.

REFEITÓRIO

As entidades também receberam denúncias da redução de tempo total para café e almoço no refeitório do hospital, considerando que dentro do período total de 1 hora para café e 1h30min para almoço não há tempo suficiente para todos os servidores, visto que eles precisam se revezar dentro do setor para ir ao refeitório.

CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO (CME)

Após esta visita, recebemos ainda a denúncia de que o Centro de Material e Esterilização está sem autoclaves em funcionamento. As informações recebidas são de que a gestão está providenciando a instalação, enquanto isso não acontece, os servidores do setor precisam levar os materiais para esterilizar no Hospital de Clínicas. Isso acarreta sobrecarga de trabalho aos profissionais e atraso no fluxo cirúrgico, devido ao tempo de deslocamento e ao grande número de materiais.

O SIMPA e a ASHPS pedirão reunião com a direção do hospital, encaminharão todas as denúncias aos responsáveis, e seguirão pressionando por nomeação dos concursos e solução dos demais problemas apontados.

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