O Conselho Regional de Enfermagem (Coren/RS) realizou uma diligência, na manhã desta segunda-feira (30/1), para verificar a situação no Hospital de Pronto Socorro (HPS) de Porto Alegre. A fiscalização é consequência das inúmeras denúncias feitas pelo Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) e pela Associação dos Servidores do Hospital de Pronto Socorro (ASHPS), em decorrência do mau funcionamento do sistema de ar-condicionado central.
O mau funcionamento do sistema de ar-central do HPS é um problema recorrente e que coloca em risco o atendimento de pacientes, além de submeter os servidores a condições de trabalho insuportáveis. As temperaturas têm chegado a quase 40 graus, de acordo com aferições realizadas com termômetros no interior de setores como a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) de Trauma, a Central de Material de Esterilização (CME) e a farmácia.
A diretora do Simpa e presidenta da ASHPS, Marília Iglesias, acompanhou a diligência realizada pelo Coren/RS. Ela espera que sejam tomadas as medidas cabíveis e em caráter de urgência, pois o órgão tem poder fiscalizador. O ar-condicionado central reserva do HPS é de 1992 e não há backup (não existem peças para reposição). No dia 26/1, a direção da ASHPS convocou o SIMPA para, juntos, efetuarem uma vistoria no local. A direção administrativa do HPS prometeu consertar a máquina no dia seguinte (27/1). Porém, após três dias, o problema, além de não ter sido equacionado, está se estendendo para outros setores do hospital.
A situação é extremamente grave e escancara a contradição do governo do prefeito Sebastião Melo, que recentemente anunciou superávit nas contas públicas, enquanto a população e os trabalhadores convivem com a precariedade das estruturas e dos serviços públicos do município.
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