SIMPA CRITICA PLANEJAMENTO DA SMED, DESCONECTADO DA REALIDADE DAS ESCOLAS

020 - REUNIÃO CECE 20fev2024 - AC (17)

O Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) participou da segunda reunião ordinária da Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude (CECE), realizada na tarde dessa terça-feira (20/2), na Câmara Municipal de Vereadores. O encontro tratou de temas relacionados ao panorama de volta às aulas na Rede Municipal de Ensino (RME), principalmente sobre obras atrasadas, prazos de nomeações, vagas na Educação Infantil, entre outros. A reunião contou com a presença do secretário municipal de Educação e de representantes do Conselho Municipal de Educação (CME) e da Associação dos Trabalhadores em Educação do Município de Porto Alegre (Atempa), do Sindicato e outras entidades.

 

Em sua apresentação, o titular da Smed apresentou um panorama completamente descontextualizado da atual realidade da RME, como se a situação das obras estivesse toda dentro do cronograma idealizado e não houvesse falta de vagas e de professores e monitores em todas as modalidades (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos) e enfrentar a precariedade que atinge grande parte das escolas municipais.

 

Os diretores do Simpa Cindi Sandri, Assis Brasil Olegário Filho e Luciane Congo, que também é diretora da Atempa, questionaram o secretário sobre a contradição entre o que ele apresentou na reunião e o que acontece de fato no dia-a-dia das escolas. Além de ressaltarem que o Simpa e a Atempa já realizaram visitas a pelo menos 86 escolas, antes do início das aulas, e que conhecem muito bem a realidade de cada uma delas, os diretores enfatizaram os diversos apontamentos feitos à Secretaria sobre as estruturas das escolas, das condições de trabalho, da falta de concursos públicos, da ausência de planejamento e das inúmeras terceirizações, que vem gerando instabilidade, insegurança e angustia às equipes diretivas e aos trabalhadores de modo geral.

 

Em relação a estrutura física das escolas, foi questionado porque a Smed, mesmo apontando superávit orçamentário, está com obras paralisadas por falta de pagamento, pedidos documentados que ainda não atendidos e, em muitos casos, demora na conclusão das obras em andamento. Um exemplo de descompasso da Smed com dinâmica da demanda é a demora na remoção dos entulhos e resolução dos estragos causados nos prédios e pátios das escolas pelo temporal de janeiro.

 

Até mesmo com o discurso do titular da Smed onde enalteceu a competência das equipes diretivas e trabalhadores/as da educação, demonstra a sua falta de compreensão da precária realidade enfrentada pelo conjunto das servidoras e servidores no cotidiano das escolas. Muitos problemas são contornados à custa do adoecimento, sobrecarga e desgastes por enfrentamento com a mantenedora e falta de diálogo, levando à diversas denúncias recebidas e encaminhadas pelo Simpa e Atempa.

 

Durante a reunião, também foi criticada a falta de articulação entre os serviços de saúde e de assistência social com a área da educação, o que prejudica a qualidade do ensino e do trabalho desenvolvido com os alunos. Os diretores do Simpa e da Atempa criticaram a falta de recursos para comprar cadernos para os alunos, enquanto há investigação policial sobre gastos exorbitantes, em compras repletas de irregularidades.

 

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