O Simpa, a ASHPS e a CEHPS apresentaram, na quinta-feira (9/7), ofício à direção geral do HPS, no qual demonstram “imensa preocupação com os servidores dessa instituição, visto que o número de casos confirmados com testes positivados para Covid-19 e também os sintomáticos respiratórios (em investigação) beira a triste marca de 50 casos (até 06/07/20).
O documento aponta ainda que “as medidas gerais de proteção, conforme Nota Técnica para Investigação de Profissionais de Saúde Contactantes de Pessoas com Diagnóstico da Infecção pelo Novo Coronavírus (SARS-CoV-2) de 20/05/2020, são de responsabilidade individual e institucional e que casos confirmados deverão ser avaliados, notificados e testados”. E coloca ainda que também são candidatos à realização da testagem com RT-PCR os “contactantes assintomáticos com critério de contato duradouro, definido como pessoa que ficou por mais de 4hs com o caso índice”.
Como no HPS os profissionais realizam plantões de 12 horas, fica patente a “necessidade iminente de que os servidores sejam testados, dentro do próprio HPS. Com o fim precípuo de reduzir uma potencial cadeia de transmissão, conforme nota técnica da própria SMS/POA a qual este hospital é pertencente”, diz o ofício.
Além disso, as entidades solicitam “como medidas de extrema urgência e importância”, a “aferição da temperatura de todos profissionais ao ingressar no hospital e testagem dos servidores contactantes, bem como um atendimento mais humanizado aos nossos colegas”.
Clima de medo
O Simpa tem lutado, ao lado de entidades representativas da categoria como a ASHPS e a CEHPS, para que a Prefeitura de Porto Alegre garanta condições seguras de trabalho, especialmente para os servidores da saúde e demais serviços essenciais.
Por isso, tem cobrado equipamentos de proteção individual de qualidade e em quantidade suficiente para atender adequadamente os municipários e municipárias, bem como testagem e a realização de trabalho remoto para aqueles que não cumprem funções essenciais ou fazem parte de grupo de risco. Também recorreu à Justiça para fazer valer os direitos dos servidores e criou campanha para a compra de escudos faciais, tendo distribuído mais de 3 mil unidades até o momento.
Mas, a falta de uma política clara de proteção dos servidores, por parte da Prefeitura, bem como o aumento no número de trabalhadores infectados, tem gerado apreensão. Neste sentido, aponta o ofício, “o clima de insegurança e medo atualmente instalado no Hospital de Pronto Socorro, em nada contribui para a prestação de um serviço seguro e qualificado que é prestado ao longo de 76 anos por esta importante instituição de saúde”.
LEIA NA ÍNTEGRA OFÍCIO ENTREGUE À DIREÇÃO DO HPS:
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