O Simpa recebeu, e está acompanhando com seu setor jurídico, nova denúncia de assédio moral na administração Marchezan, desta vez no Departamento Municipal de Habitação (Demhab). Segundo relato de servidores da pasta, uma série de ações tomadas pela chefia da Superintendência de Ação Social e Cooperativismo (Sasc) do Demhab, que assumiu em fevereiro deste ano, está inviabilizando o trabalho do setor e constrangendo servidores.
Uma das questões apontadas pelos denunciantes é que a nova chefia ordenou a retirada, de maneira arbitrária, das divisórias existentes no espaço e que separavam a Coordenação Técnica Social (CTS) e a Unidade de Relações Comunitárias (URC), que compõem a Sasc.
O que pode parecer mera questão de organização espacial resultou, na prática, em dificuldades concretas para o trabalho dos funcionários. “Os servidores da CTS, reiteradas vezes, questionaram a decisão, já que o ambiente de trabalho tornou-se totalmente inadequado e improdutivo em função do barulho no ambiente”, relata um dos servidores, que não identificamos para evitar represálias. Além disso, a remoção das divisórias foi feita durante as férias de servidores e da coordenadora de um dos setores, de maneira que não houve oportunidade para que parte dos diretamente envolvidos pudesse sequer se manifestar.
Prejuízos ao atendimento
Outra questão levantada pelos municipários diz respeito ao próprio fluxo do trabalho. Segundo eles, o superintendente não realizava encaminhamentos de emails ou de processos administrativos necessários aos atendimentos da CTS. “Esta postura ocasionou problemas na relação estabelecida com as famílias atendidas nos projetos habitacionais, já que o atendimento delas dependia de decisões da superintendência”, relatam. Os denunciantes também contaram que tal postura trouxe, ainda, “prejuízo na relação com os agentes comunitários (CCs) que, diante do descaso do superintendente em relação à CTS, passaram a tratar com desrespeito e desprezo os servidores da coordenação”.
Devido à falta de resolução para tais problemas, em julho os servidores da CTS decidiram formalizar, em processo SEI, as precárias condições de trabalho e as dificuldades enfrentadas para o exercício de suas funções e para o cumprimento das ações da Sasc. Como resposta, servidores foram removidos de suas funções ou “colocados à disposição”, sem que houvesse nenhuma justificativa para tal movimentação, gerando prejuízos ao trabalho no setor e no atendimento da população.
Tais ações da chefia também afetaram os servidores envolvidos na esfera psicológica, moral e financeira – um deles teve sua função gratificada retirada sem nenhuma razão plausível. Como se não bastasse tudo isso, uma sindicância foi aberta em julho, sem que o Simpa tenha sido notificado, o que fere a Lei Orgânica do Município.
Informado da situação pelos servidores, o Simpa acompanhará a situação no âmbito administrativo e jurídico, oferecendo todo o apoio necessário a fim de defender os direitos dos trabalhadores contra as arbitrariedades da gestão Marchezan.
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