Neste sábado, dia 28 de Setembro, Dia Latino-Americano e Caribenho de Luta pela Descriminalização Do Aborto, a Frente Pela Legalização do Aborto do Rio Grande do Sul estará realizando o festival “É PELA VIDA DAS MULHERES”, com uma programação que inclui feira, cultura, oficinas de bordado, performances, música, rodas de conversas e diversas apresentações artísticas, que pretende chamar a atenção para a importância da pauta dos direitos reprodutivos das mulheres.
Atuando junto a Frente, outros 18 coletivos feministas estão compondo a organização do evento. Além do evento no sábado, ocorrerão outras atividades sobre direitos reprodutivos em diversos locais da cidade durante o mês de Setembro. Eventos neste sentido acontecerão também em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e capitais de vários países latino-americanos. Confira aqui a programação do mês: https://bit.ly/2kWbAAW
Exigimos políticas públicas de educação sexual e planejamento familiar e a possibilidade de interrupção da gestação de forma segura, gratuita e legal. É pela vida das mulheres. A criminalização do aborto é feminicídio estatal! Somos feministas, pois feminismo é a ideia radical de que mulheres são pessoas.
FESTIVAL É PELA VIDA DAS MULHERES
28/09 – PRÓXIMO SÁBADO
Horario: 11h as 18h
LOCAL: Parque Farroupilha – Arco/Redenção/POA
Programação:
🌿 11:00 – Abertura do Festival É Pela Vida das Mulheres! Intervenção da Trupe Abre Asas e Momento de encontro e organização
🌿 11:00 – Ciranda – Brincadeiras com cuidadora até as 18:30h
🌿 11:30 – Feira Feminista até às 18h
🌿 12:00 – Piquenique Coletivo – Traga seu lanche e compartilhe este momento com a gente!
🌿 13:15 – Capoeira – Trenel Fabi – Grupo de Capoeira Angola Zimba
🌿 13:30 – Roda de Conversa: Saúde Mental da Mulher – Coletivo Virgínias/Ação Anti Fascista
🌿 13:30 – Oficina de Malabares para crianças – Atividade da ciranda
🌿 14:00 – Oficina de bordado: Costurando Existências Tecendo Resistências – Ocupação Feminista
🌿 14:45 – Apresentação Artística: Miss Beleza – Performance
🌿 15:00 – Roda de Conversa: Direitos Reprodutivos e a Rede de Atendimento em Aborto Legal Porto Alegre – Fórum do Aborto Legal/ Themis
🌿 16:00 – Apresentação Artística: Pantaleore – Núbia Quintana – Comédia de arte; performance
🌿 16:15 – Roda de Conversa: Deficiência, Reprodução Social e o Direito ao Aborto – Coletivo Feminista Helen Keller
🌿 17:00 – Apresentação Artística: Levanta Favela – Performance
🌿 17:20 – Apresentação Artística: Poetas Vivas – Intervenção Poética
🌿 17:40 – Apresentação Artística: Arielle – Intervenção Poética
🌿 18:00 – presentação Artística: Luisa Gonçalves – Música
🌿 18:15 – Apresentação Artística: Não Mexe Comigo Que Eu Não Ando Só – Percussão e Performance
Por que lutamos?
A descriminalização e legalização salvaria a vida de muitas mulheres, já que a insegurança da clandestinidade é o que torna o aborto a 4a maior causa de morte de mulheres em gestação no Brasil. “A criminalização reforça a lógica das desigualdades sociais no Brasil e no mundo, na medida em que as mulheres pobres e negras são as mais prejudicadas, as que mais morrem e que quase todos os abortamentos inseguros no mundo acontecem nos países de economia periférica.” (https://periodicos.ufsc.br/index.php/katalysis/article/view/1982-02592018v21n3p452)
As mulheres da América Latina também merecem ter o direito de poder escolher interromper uma gravidez, de decidirem sobre seus corpos. Forçar a gestar é tortura, e não existe nenhum método contraceptivo 100% eficaz. Mesmo que existisse, em um país que não investe em saúde, e onde é pecado falar em educação sexual, sabemos que a informação e o acesso chegam a poucas pessoas.
Nossa cultura patriarcal de responsabilização da mulher e anulação da responsabilidade masculina acaba por tornar o quadro ainda mais desigual.
Além disso, os serviços de aborto legal que são previstos em lei no Brasil, em especial nos casos de estupro, não funcionam. Hospitais que deveriam realizar o procedimento não o fazem, muitas equipes tem péssimo preparo, são exigidos documentos que não são necessários, os médicos se colocam na posição de detetives e juízes, entre outros obstáculos. Na prática, podemos afirmar que o aborto legal não existe no Brasil (https://azmina.com.br/especiais/o-mito-do-aborto-legal/). E isso em um país onde 1 mulher é estuprada a cada 11 minutos (com base apenas em denúncias realizadas, o número real infelizmente é MUITO mais alto).
Precisamos mudar este quadro com mobilização, divulgação de informação, desconstrução de mitos e muita luta, pois nos querem subjugadas.
Organizadoras do evento que compõem junto à Frente Pela Legalização do Aborto:
Ação AntiSexista
8M – Greve Internacional Mulheres Porto Alegre
Coletivo Feminista As Outras Amélias
Coletivo Ocupação Feminista
Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro
Themis – Gênero, justiça e direitos humanos
União Brasileira de Mulheres – UBM
Inclusivas
Mulheres Mirabal
Marcha Mundial de Mulheres – MMM
Coletivo Alicerce
Inter Antifascista
Grêmio Antifascista
Ação Antifascista de Porto Alegre
Coletivo Virgínias
Coletivo Feminista MARIELLE VIVE
Trupe Abre Asas
Fora da Asa
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