A negligência da prefeitura de Porto Alegre com as ruas e avenidas da cidade levou a Associação Brasileira dos Usuários de Rodovias (Abur), juntamente com o Simpa e outras entidades da sociedade civil e cidadãos, a realizar o Rally Capital dos Buracos neste domingo, 11 de novembro.
Com carros, motos e bicicletas, os participantes percorreram diversas ruas da capital gaúcha denunciando à população o descaso de Marchezan com a cidade e os serviços públicos. Ao longo do percurso, a carreata foi recebendo o apoio de motoristas, pedestres e motoqueiros que buzinavam e acenavam positivamente.
A iniciativa busca também pressionar o governo municipal para que haja resposta rápida para a resolução deste problema. Para se ter uma dimensão da quantidade de buracos na cidade, havia mais de 4 mil em abril, conforme balanço do 156 divulgada na imprensa. De lá para cá, praticamente nada foi feito e a tendência é que este número esteja bem maior. Diariamente, motoristas, usuários de moto, ciclistas e pedestres são obrigados a enfrentar ondulações, buracos e recapeamentos mal feitos, situação que leva muitas vezes a quedas, acidentes e prejuízos para a população e avarias nos veículos.
Para o Simpa, que participou do Rally, os buracos são uma das faces visíveis da política de precarização da cidade levada a cabo por Marchezan. “Os buracos desta gestão podem ser vistos em todas as áreas: na saúde, na educação, na assistência social e, também, nas vias da cidade. Queremos que a prefeitura resolva essa situação e garanta serviços de qualidade à população”, destacou o diretor-geral, Jonas Tarcísio Reis. Ele destacou: “É uma emergência a realização de concurso público para a Secretaria de Serviços Urbanos (antiga Smov), pois os quadros estão muito reduzidos e isso se reflete na cidade. Há grande déficit de funcionários para trabalhar na produção de asfalto e nas operações de recomposição asfáltica das ruas. Sem concurso público para a área, não haverá solução”.
“Porto Alegre está propícia a receber rallys devido à condição de suas ruas. A buraqueira tomou conta e não foi nesta semana ou no mês passado: já se vão dois anos de buracos e não há uma resposta efetiva da prefeitura para isso”, declarou Gerri Machado, presidente da Abur, à Rede Cidadania. “Há muita negligência do poder público, do prefeito, em não resolver o problema da buraqueira. Por isso, estamos fazendo um apelo para que a prefeitura tape os buracos, que causam não apenas prejuízos materiais, mas lesões prejudicando a vida das pessoas”.
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