Professores discutem medidas para suspender retirada do difícil acesso

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Na tarde de sexta-feira, 14/08, foi realizada uma reunião por videoconferência, com a participação de mais de 200 pessoas — a maioria, professoras e professores da rede municipal — para debater as medidas a serem tomadas a fim de reverter a decisão da Smed, publicado no DOPA do dia 03/08, suspendendo a gratificação de difícil acesso de 16 escolas. Também estiveram presentes vereadores e diretores do Simpa e da Atempa.

 

Uma série de encaminhamentos foi tomada a fim de buscar reverter a decisão junto ao Legislativo, aos órgãos de controle e à Justiça. De uma hora para outra, sem nenhum diálogo, o secretário Adriano Naves Brito e o prefeito Marchezan tiraram dos professores dessas escolas os 20% de gratificação adicional referentes ao difícil acesso, direito assegurado desde 1991 pelo decreto 9.914.

 

Dentre estes encaminhamentos está a participação dos professores em audiência pública por teleconferência sobre o tema, convocada pela deputada estadual Sofia Cavedon (PT), presidenta da Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia (CECDCT) da Assembleia Legislativa. O evento virtual acontecerá no dia 18 de agosto, às 15h. O link para acesso à sala virtual é https://alergs.webex.com/alergs/j.php?MTID=m5ec5db676de592941c2cb7795866206a.  A programação também será transmitida pelo canal https://www.youtube.com/user/tvalrs .

 

Ataque criminoso

 

“Tão logo a decisão de suspendê-lo foi tornada pública, o Simpa encaminhou ofício ao secretário de Educação pedindo esclarecimentos sobre o motivo e os critérios para tal retirada. E para a nossa surpresa, a Smed informou que o ofício foi enviado à EPTC e que os contatos seriam com a empresa”, disse Roselia Siviero, diretora do Simpa. “Assim a Smed se exime de prestar esclarecimentos sobre este ataque criminoso aos professores, principalmente porque não poderão contar com este valor em seus salários em plena pandemia”, completou.

 

O diretor-geral do Simpa, João Ezequiel, destacou a importância de haver “unidade total dos servidores, especialmente os da educação, porque desde o primeiro dia no Paço Municipal, Marchezan ataca seus servidores e começou pela educação. Ataques à educação são típicos de governos ditatoriais”.

 

Daniela Rosa, professora do Emef Morro da Cruz — que fica no cume do Morro Pelado, bairro São José, segundo morro mais alto da cidade —destacou as dificuldades vividas pela comunidade e pelos professores para acessar o local. “Tirar o difícil acesso é nos penalizar os professores como funcionário público”, disse.

 

A professora Adelaide Kall, da EMEI Vila Valneri Antunes, lembrou que o laudo usado para embasar a decisão foi feita por um arquiteto que desconhece a realidade das escolas. E destacou que os professores — que já acumulam as perdas comuns a todos os servidores municipais, como o aumento da alíquota do Previmpa e a falta de reposição da inflação há quatro anos — ainda terão de arcar com mais esta.

 

Participaram da reunião os vereadores Airto Ferronato (PSB); Adeli Sell, Marcelo Sgarbossa e Aldacir Oliboni (PT); professor Alex Fraga e Karen Santos (PSol) e Mauro Zacher (PDT). Também participaram representantes dos vereadores Engenheiro Comassetto (PT), Roberto Robaina (PSol), Professor Wambert (PTB) e Claudia Araujo (PSD).

 

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