Perdas da categoria municipária chegam a 33,98% em cinco anos

Nesta segunda-feira (14) o Dieese divulgou o novo índice das perdas acumuladas pela categoria municipária em mais de cinco anos sem a reposição inflacionária a que tem direito. Até este momento, os prejuízos somam 33,98%, considerando o período de maio de 2016 a fevereiro de 2022, de acordo com o IPCA/IBGE. Deste total, 11,77% se deram somente na gestão de Sebastião Melo (janeiro de 2021 a fevereiro de 2022).

 

Além da correção salarial, a categoria reivindica a atualização no valor do vale-alimentação; o pagamento da progressão 2012/2014 e o início do processo para o pagamento da progressão 2014/2016.

 

Também nesta segunda-feira (14), o governo Melo marcou reunião com o Simpa para a próxima quarta-feira (16), às 10h30, quando deverá apresentar proposta para as reivindicações. O agendamento da nova rodada das negociações havia sido sinalizado pela gestão durante reunião ocorrida na quinta-feira (10) com o Simpa.

 

Naquele dia, servidores e servidoras, juntamente com o Simpa, ocuparam o Paço Municipal reivindicando a reposição. Representantes do sindicato solicitaram reunião para tratar do assunto e logo depois foram recebidos pelo secretário municipal de Administração e Patrimônio, André Barbosa.

 

Salário arrochado, preços em alta

A atualização das perdas pela falta de correção inflacionária torna ainda mais dramática a situação dos servidores e servidoras, que também sofrem com a atual crise econômica do país. Na semana passada, a Petrobras, anunciou um mega-aumento nos valores da gasolina (18,8%), diesel (24,9%) e gás (16%), medida que terá forte impacto na inflação, prejudicando ainda mais as famílias brasileiras, sobretudo as de mais baixa renda.

 

Além disso, segundo o IBGE, a inflação do mês de fevereiro foi de 1,01%, o maior para o mês desde 2015 e 0,47 ponto percentual acima do registrado em janeiro. Na passagem de janeiro para fevereiro, segundo levantamento do Dieese, o valor do conjunto de bens alimentícios básicos registrou alta de 3,40% em Porto Alegre. Em 12 meses, a variação foi de 10%. Hoje, a cesta básica na capital gaúcha custa, em média, R$ 695, 91.

 

 

 

 

Tags: Data-base 2021-2022, reposição

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