O Dieese divulgou nesta semana o novo índice de inflação acumulado pela categoria municipária: 32,30%, equivalente à soma da inflação dos últimos seis anos em que os servidores não tiveram correção salarial, subtraídos os 4% pagos pelo governo Melo em abril como parte da negociação que está em curso entre o Simpa e a prefeitura. O Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou abril em 1,06%, o maior para o mês desde 1996.
Apesar dos 4% pagos, a situação da categoria segue difícil. Além da profunda defasagem salarial, os servidores e servidoras municipais enfrentam os reflexos da crise que atinge o país e que vem gerando forte aumento no custo de vida e redução do poder de compra.
Ainda de acordo com o Dieese, a cesta básica em Porto Alegre foi a segunda mais cara entre as capitais brasileiras, registrando alta de 6,34% em abril, passando a custar R$ 780,86; em 12 meses, a variação foi de 24,72%. O percentual do salário mínimo líquido necessário para comprar os produtos da cesta é de 69,65%.
Alimentos e bebidas foram os que acumularam as maiores altas – 2,06% em média no país – seguido de transportes, com 1,91%. Mas, também seguem salgados os preços do gás de cozinha e combustíveis, entre outros itens. Em abril, o GLP teve alta de 8,09% e a gasolina já aumentou 5% para o consumidor somente em 2022 e 31,22% em 12 meses.
Assembleia geral dia 16
Diante desse quadro, o Simpa e a categoria municipária devem seguir pressionando o governo Melo para que seja concedido o reajuste necessário para atenuar as perdas sofridas até agora. Uma nova proposta foi apresentada pela Comissão de Negociação em reunião ocorrida nesta terça-feira (10) e será discutida em assembleia geral na próxima segunda-feira (16), a partir das 18h30, em primeira chamada, e 19h em segunda chamada, na quadra da Imperadores do Samba.
O Simpa reforça que a presença de cada municipário e municipária é fundamental para que seja possível seguir avançando e chegar a uma proposta final condizente com as necessidades da categoria.
