Passa o tempo, e a internet prometida por Marchezan não chega aos estudantes

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Mais de dois meses e meio após o lançamento da plataforma digital para ensino à distância e quase um mês depois da publicação de contrato entre a Prefeitura de Porto Alegre e operadoras de internet móvel, a gestão Marchezan ainda não disponibilizou a rede para que os alunos das escolas municipais possam acessar o aplicativo Cortex.

A falta de resolução para o problema é mais uma prova do descaso da Prefeitura com os estudantes. Como se não bastasse o fato de boa parte dos alunos não dispor de computador ou celular para poder acompanhar as atividades remotas, o prefeito ainda dificulta o acesso à internet, inviabilizando as aulas à distância num momento em que esta é a única opção segura contra a Covid-19 para os estudantes contato com, ao menos, parte do conteúdo das aulas.

Conforme pesquisa feita pela Associação Mães e Pais pela Democracia e pelo Comitê Popular Estadual de Acompanhamento da Crise Educacional no RS — do qual o Simpa faz parte —, cerca de 59% dos alunos das escolas estaduais e 47% das municipais dizem ter computador.  Ao todo, 80% das pessoas que responderam ao questionário dizem ter acesso à internet wifi e 43,5% têm internet no celular. Mas, de acordo com a pesquisa, “quando observado de forma segmentada, nas escolas municipais isso significa que apenas 14% dos estudantes têm banda larga, na rede estadual chega a 20%, enquanto na rede privada 49% dos estudantes têm”.

No dia 28 de julho foi noticiado que o Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS) determinou que a prefeitura fornecesse, em 15 dias e até o término da pandemia, alimentação e educação à distância aos alunos da rede municipal.

Segundo matéria publicada no jornal Correio do Povo daquele dia, “o Executivo havia previsto o início das atividades remotas, via plataforma digital, a partir de 15 de junho. Porém, até o momento, nem mesmo a conexão dos usuários ao sistema está concluída. Uma licitação para a compra de pacotes de dados ainda está em andamento”.

A contratação das operadoras foi finalmente divulgada no dia 31 de julho — portanto, quase dois meses após o anúncio da nova plataforma —, mas, até o momento, segundo servidores da educação, nada mais aconteceu.

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