[Opinião] Luta contínua em defesa de direitos e da cidade

Por direção do Simpa 2016/2019

 

Foto: Silvia Fernandes

A gestão “Sem Assédio, Sem Mordaça” encerra o mandato neste outubro com a certeza de ter feito o melhor enquanto diretoria da brava categoria municipária, diante de uma conjuntura bastante desfavorável para a classe trabalhadora em geral e a dos servidores em particular.  Afinal, enfrentamos, na cidade, o governo mais nefasto de todos os tempos para os serviços públicos e para a população.

 

Desde que tomou posse, Marchezan age contra a categoria, parcelando salário, passando por cima da lei ao não garantir a reposição inflacionária e destruindo a carreira do funcionalismo. Ao mesmo tempo, o prefeito investe numa política de sucateamento e terceirização dos serviços públicos, precarizando o atendimento à população em todas as áreas e dilapidando o patrimônio da cidade.

 

Nos dois primeiros anos, o Simpa, junto com a categoria unida, conteve parte dos planos ultraliberais de Marchezan. Exemplo disso foi a mobilização da categoria que conseguiu, em 2018, mesmo depois de violenta repressão na Câmara, barrar o projeto de lei que destruiria a carreira dos servidores.

 

Mas, para fazer valer seus interesses, arregimentar maioria em plenário e garantir sua governabilidade, o prefeito recorreu ao toma lá dá cá, instituindo um balcão de negócios. Foi assim que, em 2019, o projeto ganhou “nova roupagem” e, com a reconfiguração das bases de apoio na Câmara, o projeto foi aprovado.

 

Tivemos outras perdas resultantes da falta de diálogo e do autoritarismo por parte da Prefeitura. Desde 2017, não foi concedido nenhum reajuste na data-base e ainda nos foi imposto um aumento de 3% na alíquota da Previdência, situação que levou a perdas importantes para as famílias municipárias.

 

Ao longo desses anos, frente a todos os ataques sofridos e a todo o desmonte na cidade, a categoria se mobilizou e respondeu positivamente, com bravura, às diversas lutas aprovadas em assembleias gerais.Esteve em greves – duas das quais duraram 40 dias, as mais longas da história dos municipários –, nas ruas, na Câmara, no Paço, dialogando com o povo, com vereadores, entidades, fóruns e movimentos sociais. Esse conjunto de ações ampliou a visibilidade da luta da categoria em defesa do serviço público e da cidade e seu reconhecimento pela população.

 

Mesmo assim, Marchezan se recusou a negociar e o recurso à Justiça se impôs. As greves foram consideradas legais, na maioria, e os dias parados não foram descontados. As datas-base seguem na Justiça e o desconto da mensalidade dos associados ao Simpa, que havia sido suspenso pelo prefeito, voltou a ser feito por decisão judicial.

 

A categoria não se dobrou ao inimigo que a quer destruir. Resistiu e compreendeu a importância da união e da luta sindical. Mais de 1.900 colegas se filiaram ao Simpa, ampliando para cerca de nove mil o quadro de associados e fortalecendo a entidade frente às próximas etapas da luta em defesa dos direitos da categoria.

 

Portanto, motivos não faltam para nos orgulharmos de nossa atuação na direção do Simpa. Sabemos que este é um trabalho contínuo, coletivo, que não se encerra com o fim de uma gestão. Por isso, agradecemos a todos e todas que estiveram conosco e reafirmamos nosso compromisso de seguir lutando, com a categoria, por direitos e pela nossa cidade.

 

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