Ao cumprir roteiro nas escolas da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre, para iniciar a discussão da data-base 2023 com as trabalhadoras e trabalhadores em educação, a direção do Simpa constatou que permanece o descaso da Prefeitura com a manutenção e obras necessárias nas unidades escolares.
Além do um prédio inteiro interditado na EMEF São Pedro (confira notícia aqui https://simpa.org.br/simpa-encontra-predio-da-emef-sao-pedro-ainda-interditado/), nas visitas realizadas nas escolas de Ensino Fundamental das regiões Sul, Centro-Sul, Extremo Sul e Glória, foram verificadas outras situações de atraso e falta de andamento em obras e serviços de manutenção.
>> EMEF Emílio Meyer: a obra da pracinha e do banheiro que atende cerca de 100 crianças das séries iniciais e Educação Infantil atrasaram prejudicando e causando transtorno no início do ano letivo.
>> EMEF Gabriel Obino: há dois anos a estrutura física não recebe as manutenções solicitadas e os graves problemas na rede elétrica preocupam a comunidade escolar. As quadras esportivas, construídas há quase 40 anos, estão se desmanchando.
>> EMEF Rincão: a caixa de água que abastece a escola está condenada e não pode ser utilizada com toda a capacidade. Não há quadra e o espaço utilizado não é coberto, expondo professores, crianças e jovens ao sol e chuva nas atividades esportivas e recreio. Nem a instalação de sombrite (uma estrutura paliativa de menor custo) foi atendida pela Secretaria Municipal de Educação (Smed). Uma sala modular para atender alunos do primeiro ano, prometida para iniciar em 02 de janeiro, até agora não começou. A escola necessita de um novo prédio, com salas de aula, banheiros e depósito. Mesmo com todos os projetos, estudos e orçamento prontos, a prefeitura não dá andamento para abertura de licitação.
>> EMEF Chapéu do Sol: assim como outras escolas, a caixa de água está com problemas e as bombas não funcionam, o que compromete o funcionamento da escola, diante das constantes interrupções de abastecimento no bairro Campo Novo, onde está localizada. Nem um simples trabalho de roçada na pracinha utilizada pela Educação Infantil é atendido. Com a precariedade da rede elétrica, os ventiladores da escola são fracos e a temperatura dentro das salas é insuportável no verão.
>> EMEF Mário Quintana: a rua sem pavimentação em frente à escola é um dos maiores descasos da Prefeitura, expondo toda a comunidade escolar ao barro. Mesmo nos dias de sol, há água escorrendo em frente ao portão de entrada e nem a manutenção necessária para ruas de chão batido é feita.
FALTA, FALTA, FALTA…
Às necessidades de infraestrutura física que não são atendidas, somam-se a falta de diálogo da Smed, a falta de professores e até de gestão. Problemas Sistema Córtex implantado na Educação levam professores ao registro manual da presença e informações escolares dos alunos.
SIMPA
Cumprindo o papel do Sindicato, de representante legal da categoria municipária na luta por valorização e condições de trabalho, a direção do Simpa encaminhará o relato das situações encontradas à Smed, solicitando reunião com a titular da pasta para somar força nas reivindicações das comunidades escolares. “Sabemos que os problemas encontrados são comuns na maior parte escolas da Rede, mas, vamos fiscalizar e cobrar atitudes do governo para resolver essas questões”, enfatiza o diretor sindical, Assis Brasil Olegário Filho. O diretor César Rolim enfatizou ainda que “o Simpa permanecerá realizando visitas nas escolas e irá apontar as demandas por melhores condições de trabalho e das estruturas das escolas, que também resultam no melhor atendimento ao público”.
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