Nota do Simpa: Governo Bolsonaro ignora a dor da classe trabalhadora brasileira

Não há, de fato, limite para a sanha destruidora de Bolsonaro e sua equipe. Em meio a uma das mais graves crises globais da história, Bolsonaro emitiu a Medida Provisória 927 que, entre outros ataques aos direitos trabalhistas, autorizava a suspensão dos contratos, sem pagamento de salário, impondo ainda mais dor e desespero à população já assustada com o coronavírus e com o futuro de seu emprego e de sua família. Para preservar os interesses da elite econômica, Guedes e Bolsonaro não poupam esforços. Não cogitam revogar a Emenda Constitucional 95, nem taxar heranças, dividendos ou grandes fortunas para mitigar os efeitos da crise sobre a população, mas se é para retirar de quem já tem pouco, estão bem atentos.

 

Diante da repercussão negativa, Bolsonaro recuou parcialmente, retirando o artigo 18 da MP, que trata da suspensão dos contratos e dos salários. Trata-se de uma vitória importante da mobilização da sociedade, mas ainda é muito pouco frente às necessidades de nosso povo num cenário tão dramático. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) tem apontado a necessidade de os países investirem em políticas de proteção social durante a pandemia a fim de evitar uma catástrofe ainda maior e diversos países têm colocado em prática ações nesse sentido. Mas aqui, Bolsonaro segue sempre na contramão dos direitos humanos, do bom senso, da solidariedade.

 

O Simpa defende e luta para que os governos, em todas as esferas da federação e conforme as suas atribuições, protejam sua população, o que significa garantir renda e atendimento adequado em saúde e assistência social para a classe trabalhadora — servidores públicos, funcionários privados, terceirizados, informais ou autônomos — bem como para aqueles que estão fora do mercado de trabalho por terem se aposentado ou por estarem desempregados. Neste sentido, merecem especial atenção as populações socialmente mais vulneráveis, as pessoas em situação de rua e os idosos. O Sindicato também defende que os trabalhadores dos serviços essenciais — como os profissionais de saúde, da assistência social e dos serviços de saneamento e limpeza urbana — tenham acesso a todos os equipamentos e estratégias necessárias para que possam seguir cumprindo seu importante papel social sem colocar em risco suas vidas e a de seus familiares.

 

Neste momento, precisamos de governos solidários, comprometidos com a vida e com a saúde, capazes de conduzir o país para a superação deste momento da melhor maneira possível e não de dirigentes ignorantes e desumanos que minimizam a crise atual, investem no ódio e que desprezam a dor e a angústia de seu próprio povo.

 

Direção do Simpa

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