Os municipários de Porto Alegre atenderam ao chamado do Simpa e lotaram as dependências da Câmara de Vereadores, durante a manhã dessa quinta-feira (14/12), com sua luta para barrar o andamento do Projeto de Lei Complementar do Executivo (PLCE) nº 011/17. A mobilização, acionada pelo Sindicato na noite de ontem, aconteceu logo após a notícia de que o prefeito, Nelson Marchezan Jr., havia encaminhado ofício ao Legislativo pedindo o de desarquivamento do projeto.
Para que o PLCE 11 possa entrar na pauta de votação com prioridade, sendo votado antes do recesso, é necessária a aprovação dos líderes de bancada na Câmara. Na reunião convocada para esse fim, realizada no período da manhã, a pressão dos servidores cobrou o compromisso assumido pelos vereadores e o pedido do prefeito foi negado.
No período da tarde os municipários permaneceram em vigília na Câmara para evitar possíveis manobras do governo, na tentativa de reverter a decisão dos líderes. Mesmo após 40 dias de greve, a categoria demonstrou que está mobilizada e atenta às manobras e ataques de Marchezan. Vários servidores saíram dos seus plantões noturnos e foram direto para a Câmara. A participação dos aposentados também fortalece a luta.
Hoje, os servidores da Prefeitura estão com o pagamento do 13º ameaçado, recebem seus vencimentos de forma parcelada e ainda convivem com a ameaça do pacote de projetos encaminhados pelo prefeito à Câmara, que acabam com a carreira e abrem as portas para a privatização, como é o caso do Projeto de Lei nº 10/2017, que dá início à privatização dos serviços de água e esgoto na Capital.
ESTADO DE GREVE
Ao encerrar a paralisação dos serviços, no último dia 13 de novembro, em uma greve que durou 40 dias, os municipários deliberaram pela permanência em Estado de Greve, prevendo que o prefeito não fosse cumprir com anúncio público que fez, de iniciar um amplo debate com a sociedade e os servidores antes de encaminhar projetos que alterem toda a carreira do funcionalismo.
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