A categoria municipária de Porto Alegre iniciou o 25º dia de greve, nessa sexta-feira (24/8), concentrada em frente ao Hospital de Pronto Socorro (HPS), para denunciar a precarização na Saúde. Junto com a luta pela data-base 2018, pela retirada dos projetos que atacam a carreira dos servidores e pelo fim do parcelamento, está a defesa da cidade e do atendimento à população.
Mesmo com a forte chuva, após as manifestações em frente ao hospital, foi realizada caminhada, passando pelo Túnel da Conceição até o Paço Municipal, onde os trabalhadores e a direção do Simpa reafirmaram a necessidade do prefeito dialogar com os representantes dos municipários e iniciar a negociação da data-base. O prédio da Prefeitura, que já foi ocupado por mais de 10 horas, na tentativa da negociação, dessa vez foi abraçado pelos servidores.
SOS HPS
Junto com a greve, a categoria denuncia o desmonte do serviço público, promovido pelo prefeito Marchezan em áreas essenciais. No HPS, hospital referência no atendimento de urgência e emergência a pacientes vítimas de trauma, a gestão está fechando leitos e desativando serviços. Faltam 232 profissionais enfermeiros e técnicos de enfermagem, levando os trabalhadores a jornadas extenuantes.
Há salas desocupadas e, outras, superlotadas, como no isolamento cutâneo (doenças de pele contagiosas) onde os pacientes são atendidos lado a lado. Por falta de macas, são utilizados equipamentos do SAMU, retirando veículos do atendimento. Quatro leitos de UTI e 11 na enfermaria 02 (setor de traumatologia) foram fechados. Apenas uma das quatro salas do bloco cirúrgico é utilizada devido à falta de profissionais. O setor de coleta de sangue foi fechado e há, ainda, problemas de infiltração, péssimas condições sanitárias e equipamentos estragados.
Tags:
Data-Base 2018,
greve,
municipários,
Porto alegre,
simpa,
sindicato 
