Movimentos sociais discutem ações para organizar assembleia geral em defesa da cidade

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Na noite desta quinta-feira, 7 de dezembro, aconteceu no Simpa reunião dos movimentos sociais em defesa de Porto Alegre, preparatória para a organização de uma assembleia geral popular envolvendo toda a sociedade, que poderá acontecer em março, mês de aniversário da cidade. Ficou definida a realização de nova reunião no dia 14/12, às 18h, no Simpa, quando será definida agenda de lutas. Até lá, serão encaminhadas propostas de mobilização e ampliação do movimento a serem realizadas por uma comissão operativa não fixa, entre elas a elaboração de um manifesto em defesa de Porto Alegre e a criação de mecanismos iniciais de comunicação.

A iniciativa busca a unidade dos mais variados movimentos sociais para organizar a luta por um novo projeto de cidade, contra o desmonte das políticas públicas municipais, contra a política de Estado mínimo levada a cabo por Marchezan, Sartori e Temer, contra os ataques aos movimentos sociais e em defesa dos direitos dos trabalhadores e dos cidadãos a uma capital mais humana, justa, democrática, igualitária e capaz de oferecer serviços públicos de qualidade a todos. A ideia é que a assembleia seja o primeiro grande passo neste sentido, formando uma ampla rede de atuação pelos próximos anos.

Um dos temas ressaltados foi o papel desempenhado pelos municipários, especialmente durante a greve geral, na defesa dos serviços públicos e da cidade. A luta cotidiana da categoria, em diálogo permanente com a população e as diversas forças políticas e sociais, garantiu importantes conquistas e colocou no centro do debate a necessidade urgente de se enfrentar as políticas de desmonte do setor público.

Neste sentido, foi ressaltado que as escolhas do atual governo municipal não decorrem de inabilidade para a gestão pública, mas sim de um projeto de Estado mínimo, privatista, que busca, por meio do sucateamento e da desestruturação proposital dos serviços, justificar a privatização de órgãos estratégicos e bem-sucedidos, como o Dmae e a Carris.

Outro tema discutido foi o PL 06/17, que dá poder de polícia à Guarda Municipal, ampliando os instrumentos de repressão contra os militantes dos movimentos sociais, e que estará em pauta na Câmara no dia 18.

Estiveram presentes representantes dos movimentos sindical, político, de moradia, comunitário, da população de rua, de mulheres, negros, estudantis, de profissionais da saúde, do saneamento e dos transportes, entre outros.

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