Liberação tardia da Smed impede professoras de receberem premiação no RJ

CURUMIM

A dedicação das professoras e professores de Porto Alegre recebeu mais um importante reconhecimento, desta vez por parte da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ). As turmas A31 e A32 da EMEF Professora Ana Iris do Amaral ficaram em segundo lugar na 16ª edição do Concurso FNLIJ/Uka Curumim – Leitura de Obras de Escritores Indígenas, realizado durante o 21º Salão do Livro para Crianças e Jovens, maior evento do Brasil voltado para este tipo de literatura, realizado entre os dias 23 e 31/10 no Rio de Janeiro.

 

O projeto premiado, intitulado “A voz dos avós: a ancestralidade em mim, em ti e em nós”, foi desenvolvido pelas professoras Ana Cristina Motta da Silva e Daniela Kanitz de Souza. No ano passado, o projeto já havia virado livro homônimo, feito em conjunto com a Escola Estadual Indígena de Ensino Fundamental Nhamandu Nhemopu’ã, de Viamão. O trabalho teve como base pesquisas sobre conhecimentos, a história e a cultura dos povos indígenas locais.

 

Liberação tardia da Smed

Apesar da importância do prêmio e do valor do trabalho realizado, as professoras não puderam estar no Rio de Janeiro para recebê-lo. Ao tomarem conhecimento da premiação, no final de setembro, as professoras abriram um processo SEI, solicitando a apenas liberação para a viagem. Ambas estavam dispostas a pagar por suas despesas, de maneira que precisavam apenas da autorização da Secretaria Municipal de Educação. No entanto, a prefeitura somente consentiu às vésperas, no dia 24/10, quando as passagens aéreas já eram caras demais para o orçamento das professoras.

 

“É lamentável. Além de ter de lidar diariamente com condições materiais e salariais adversas, nossos professores e professoras ainda são desestimulados em situações como esta. Elas realizaram um belíssimo trabalho com seus alunos e não puderam receber pessoalmente esse reconhecimento porque a Smed não deu a atenção devida ao pedido”, diz Roselia Sibemberg, diretora de Ações de Combate a Opressão do Simpa.

 

O Sindicato parabeniza as professoras e alunos e reafirma sua luta em defesa da educação pública de qualidade e dos direitos da categoria municipária. Para o Simpa, exemplos como este das professoras Ana Cristina Motta da Silva e Daniela Kanitz fortalecem e revigoram o compromisso com estas e outras bandeiras de luta e resistência.

 

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