O Simpa participou, na noite desta quarta-feira, 23/05, do lançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Fasc, na Câmara Municipal. Para o Sindicato, a defesa da assistência social é fator fundamental para o desenvolvimento humano da cidade e deve ser protegida dos ataques da atual gestão e valorizada por toda a sociedade.
Ivam Martins, diretor de Comunicação do Simpa e servidor aposentado da assistência social, destacou que “Marchezan, desde o início de sua gestão, elegeu como inimigos os trabalhadores da assistência social e os usuários que são os que se encontram em situação de maior vulnerabilidade social”.
Para ele, o trabalho de assistência social – e principal missão do Suas – é empoderar os usuários para que, junto com o trabalhadores, defendam seus direitos. Neste sentido, a assistência social contribui para a construção da cidadania e inserção das populações mais vulneráveis.
Conforme dados apresentados pelo vereador Aldacir Oliboni (PT), presidente e vereador proponente da Frente, a assistência social de Porto Alegre conta com apenas 400 servidores e 200 convênios, respondendo por um orçamento de 213 milhões, recursos aquém da necessidade de atendimento atual. Na cidade, somente a população em situação de rua gira em torno de 2 mil pessoas.
De acordo com a ex-presidente da Fasc, Ana Paula Costa, Marchezan opera dentro de novos parâmetros de serviço público, por meio do qual tudo será administrado pela iniciativa privada com aval do poder público. Ela afirmou que ele foi eleito pela camada social que destila preconceito contra os usuários da assistência social e quer responder positivamente a seu público.
Renato Guimarães, ex-vereador e também ex-presidente da Fasc, recordou que a estruturação da assistência social vem desde 1986 e criticou a atual administração municipal. Para ele, ao desqualificar os serviços, Marchezan presta um desserviço à sociedade.
Os vereadores presentes também criticaram o atual governo municipal por seu descaso com a assistência social. De modo geral, os parlamentares apontaram a visão elitista, o desrespeito pela dignidade humana e a política de desmonte da estrutura pública, de ataque aos servidores e de busca pela privatização e terceirização por parte de Marchezan como fatores que tornam ainda mais grave a situação de desalento que aumentou sensivelmente com a crise e com o desemprego e vão na contramão da necessidade de construção de cidades mais inclusivas, justas e solidárias.
Participaram do lançamento da Frente os vereadores Aldacir Oliboni (PT), presidente; o vice-presidente Alvoni Medina (PRB); a relatora, Fernanda Melchionna (PSOL); Adeli Sell, Sofia Cavedon e Marcelo Sgarbossa (PT); Cassiá Carpes (PP), Dr. Thiago (DEM) e Cláudio Janta (SD).
Estiveram presentes representantes de mais 15 entidades da assistência social e acadêmicas, dentre as quais a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), o Movimento Popular de Moradores de Rua, o Fórum Municipal de Assistência Social, o Conselho Regional de Assistência Social e o Sindicato dos Empregados em Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e Formação Profissional do Estado (Senalba/RS).
Com informações da Câmara Municipal de Porto Alegre
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