Fiscalização do Simpa e da Asserpv também encontra problemas no HMIPV

Fiscalização Simpa HMIPV 13dez2022 - SF (34)

Na tarde dessa terça-feira (13/12), as direções do Simpa e Asserpv estiveram no Hospital Materno Infantil Presidente Vargas (HMIPV) para verificar as condições de trabalho na unidade, escutando trabalhadoras e trabalhadores nos diversos setores de atendimento. O hospital, diferente do HPS, não possui um ar-condicionado central. Alguns setores enfrentam dificuldades com equipamentos de janela que não funcionam.

 

Outros problemas também foram verificados pelo Sindicato e Associação e que não estão sendo atendidos pelas reformas em andamento no prédio. Muitas salas destinadas ao lanche das servidoras e servidores não têm janelas e a maioria não têm ar-condicionado. Em uma das únicas encontradas com o equipamento, este quase não pode ser acionado devido aos problemas de infiltração. Até uma sala destinada a insumos foi encontrada com mofo, além de estar dentro de uma sala de lanche da equipe.

 

Na farmácia, na UTI Neonatal, no Centro Obstétrico, na sala dos médicos residentes e outros locais há problemas ocasionados por infiltração e mofo, sendo rotina os casos de alagamento em diversos setores, pela chuva ou vazamento na rede hidráulica do prédio. No vestiário da Emergência Pediátrica, frequentemente escorre água pela parede e teto. A Grande maioria dos postos de enfermagem nas unidades de internações, onde são preenchidos relatórios/prontuários e preparadas as medicações ,não contam com ar-condicionado. Em unidades como o Serviço de Coleta e ECG o calor é insuportável, tanto para profissionais como para pacientes, os quais ficam bastante tempo em atendimento, locais onde também não existe ar-condicionado funcionando.

 

Em diversos relatos foi manifestado o temor pela infestação de ratos na área de acesso ao hospital pelo estacionamento.

 

TERCEIRIZAÇÃO GERA ASSÉDIO E ROTATIVIDADE

 

Na UTI Neonatal foram recebidas denúncias de assédio moral no trabalho. A coordenação da equipe não dialoga com a equipe, somente com os enfermeiros e em horário comercial, prejudicando quem trabalha nos plantões noturnos. Chefias estão proibindo servidores técnicos de falarem entre si sobre (assuntos paralelos). Os servidores já comunicaram a coordenação a qual não tomou nenhuma providência. Assédios também acontecem através de grupos de WhatsApp. Não são fornecidos uniformes, seguidamente faltam materiais e insumos, como seringas, equipos e extensores. Com a terceirização há alta rotatividade de pessoal e o ingresso de profissionais com pouca experiência e sem treinamento para a rotina do hospital. O setor também não tem local de descanso, a rede elétrica está com fiação aparente, uma abertura no teto expõe o encanamento, há vazamento de água e o ar-condicionado está estragado.

 

ROUPARIA E ALIMENTAÇÃO

 

A terceirização do serviço de rouparia e alimentação no HMIPV trouxe grandes problemas no atendimento às crianças e mulheres atendidas. Servidores precisam deixar seus postos para buscar as roupas limpas na rouparia. No período da noite o problema se agrava, pois não tem serviço de recolhimento das roupas infectadas, que ficam acumuladas nos corredores. O espaço do refeitório dos servidores segue com espaço reduzido a menos da metade. Há dois anos foi iniciada uma reforma que ainda não terminou. As dietas dos pacientes sempre são servidas com atraso, uma situação crítica para os usuários.

 

O setor de produção de alimentos está com seu exaustor estragado, o calor neste ambiente é insuportável. Outro problema grave do local é que a porta corta-fogo não abre para fora. Em caso de algum sinistro, quem está dentro não consegue sair e não há rota de fuga.

 

Todas as informações recebidas nas visitas do Sindicato e da Associação serão levadas à direção do hospital e aos órgãos de regulação. O Simpa e a Asserpv estão atentos ao recebimento de denúncias e continuará a rotina de fiscalização das condições de trabalho das servidoras e servidores da Prefeitura.

 

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