No dia 23/07 foi realizada uma reunião online entre o Conselho Municipal de Educação e entidades sindicais de representação das trabalhadoras e dos trabalhadores em educação e do setor patronal para tratar do tema “Cenários para a Reabertura de Instituições/Serviços Educacionais e Escolares em Tempo de Pandemia”.
Da parte dos trabalhadores da educação, participaram do evento SIMPA — representado pelas diretoras Cindi Sandri e Fabiane Pavani —, SINPRO, CPERS e ATEMPA. Pelos proprietários de estabelecimentos de ensino, participaram SINDICRECHES, SECRASO e SINEPE.
As diretoras do Simpa defenderam a proteção à vida, a educação pública de qualidade para todos e se posicionaram contra iniciativas que buscam substituir a sala de aula por educação à distância e que se utilizam da pandemia para consolidar esse mecanismo.
“A educação pública tem gestão democrática, inclusão, diversidade e pluralidade como índice de qualidade. Tem escola em áreas de vulnerabilidade. A escola pública preza a educação de qualidade social”, disse Fabiane Pavani, diretora do Simpa, durante a reunião. Ela colocou que o setor da educação “não pode contribuir para o contágio de forma exponencial da Covid-19. Não sejamos nós os coveiros de milhões de brasileiros. Sejamos responsáveis. A vida em primeiro lugar!”.
A diretora Cindi Sandri, também argumentou que a retomada das aulas presenciais implicaria no aumento da circulação de pessoas em toda a cidade. “E como garantir, dentro da escola, a redução de turmas, a higienização dos espaços, o distanciamento e o uso dos EPIs adequados? Todas as considerações apresentadas aqui reforçam o parecer detalhado emitido pelo CME, que permite a consolidação do ano letivo de 2020 junto com o ano letivo de 2021”, afirmou.
Além desta reunião, o CME já realizou lives com diferentes conselhos da cidade que atuam em diversos setores dos serviços públicos. Estas reuniões compõem as atividades do Grupo de Trabalho constituído internamente para pensar e elaborar relatório de orientação para o Sistema Municipal de Ensino sobre o retorno escolar. Para isso, o CME/POA espera poder dialogar com diversas entidades da sociedade, de representação dos segmentos das escolas, com órgãos de controle social e com o governo.
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