EMEIs da Restinga e EMEF Dolores em situação de abandono

Ao cumprir roteiro para diálogo sobre a data-base 2023 nas escolas da Rede Municipal de Ensino, a direção do Simpa é confrontada com denúncias de descaso da Secretaria Municipal de Educação (Smed) com a manutenção da estrutura físicas das unidades de ensino. Trabalhadoras e trabalhadores em educação, além da valorização profissional também reivindicam melhores condições para toda a comunidade escolar.

 

Nas escolas de Educação Infantil (Emeis), visitadas no último dia 20 de março, há a necessidade de obras e a falta de capina nos pátios é visível e causa problemas com bichos e mosquitos durante as atividades com as crianças nas pracinhas.

 

> EMEI Florência Vurlod Socias: precisa de capina na pracinha e faltam monitores.
>> EMEI Nova Restinga: falta capina em todo o pátio e a situação é agravada com a interdição da entrada principal da escola porque a marquise está condenada, com risco de desabamento.
>> EMEI Paulo Freire: precisa da capina e um dos prédios continua interditado, levando a escola a reduzir os turnos das quatro turmas de jardins. Os orçamentos já foram concluídos, mas o processo está parado na Smed. O atendimento no berçário ainda não foi iniciado devido a falta de RH. A unidade também não tem sala de inovação e o espaço da biblioteca é pequeno. Quando chove, o refeitório alaga porque o telhado está danificado.
>> EMEI Dom Luiz de Nadal: o pátio precisa de capina, como nas outras escolas, mas a falta de quase 10 monitores, para atender minimamente até às 17h30min, foi problema mais grave apontado.

 

MONITORES, CONTRATOS TEMPORÁRIOS E INSALUBRIDADE

O número reduzido de monitores, que não atende à demanda, junto com a contratação de terceirizados por parte do governo, é uma preocupação constante nas EMEIs. Na Educação Infantil, os contratos temporários aumentam a rotatividade das trabalhadoras e trabalhadores, causando a descontinuidade dos vínculos com as crianças, o que afeta gravemente toda a política preconizada. “Mais grave ainda é que as EMEIs não conseguem fazer o turno integral pela falta de RH adequado à demanda. Um completo descaso do poder público com a necessidade das mães trabalhadoras e garantia do acesso à educação de qualidade”, completa a diretora do Simpa, Bete Charão.

 

O direito ao adicional de insalubridade para trabalhadoras e trabalhadores da Educação Infantil não é respeitado pela Prefeitura, que não reconhece a exposição das profissionais em contato direto com as crianças para troca de fraldas, atendimentos iniciais de saúde e higiene. “Uma situação incoerente do governo, pois recebemos relatos de que as monitoras terceirizadas não podem executar esse tipo de tarefas justamente porque está reconhecida a insalubridade”, questiona a diretora do Sindicato.

 

MATO, ESGOTO E DESCASO
Na EMEF Dolores Alcaraz Caldas, uma das maiores da Restinga, o pátio está tomado pelo mato e diversas instalações precisam de reforma, como os banheiros da Educação Infantil e a pracinha. Há também problema com as calçadas quebradas e vazamento na rede de esgoto, que escorre pelo pátio. Até uma árvore, com galhos quebrados durante um temporal, e que podem cair a qualquer momento sobre a quadra ou alunos no pátio, ainda aguarda pela decisão da Smed de atender as demandas da escola.

 

Assim como em outras denúncias relatadas pelo Simpa, a EMEF Dolores precisa urgentemente de revisão da rede elétrica. A estrutura da escola não tem capacidade nem para o carregamento dos Chrome Books enviados pela Smed. A verba destinada através de emenda parlamentar para aquisição de equipamento de ar-condicionado não pode ser utilizada porque a rede elétrica não comporta. Para completar, a escola também sobre com a faltam de professores.

 

 

EMEIs da Restinga e EMEF Dolores em situação de abandono

Tags: municipários, poa, Porto alegre, serviçopúblico, Servidores, simpa, sindicato

Mais notícias

AGENDA

TV SIMPA