Após receber uma série de denúncias sobre a precarização do trabalho e do atendimento à população no Centro de Saúde Modelo de Porto Alegre, o Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) solicitou reunião com a Diretora de Atenção Primária em Saúde (DAPS) e Coordenação do CS, que ocorreu na tarde da sexta-feira (7/2), na sede da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
Além de questões relacionadas à sobrecarga de trabalho por conta da grande procura por atendimento, principalmente no horário estendido das 18h às 22h, foram tratadas questões sobre as condições precárias do prédio, que foi inaugurado em 1941 e por ser patrimoniado requer procedimentos específicos no caso de obras e reformas. Durante a reunião, que contou com o representante do Cores Saúde Israel dos Santos e da coordenação do Centro de Saúde Modelo, também foram tratados outros temas pontuais, como a questão da falta ar-condicionado na Unidade de Saúde Lami, por exemplo, que nos últimos dias registrou temperaturas em torno de 30ºC, na sala dos Agentes de Saúde.
O diretor geral do Simpa, João Ezequiel, citou as diligências realizadas no Centro de Saúde Modelo, nos dias 30 e 31 de janeiro, nas quais os próprios trabalhadores indicaram problemas de defasagem de pessoal, principalmente nos horários de pico e devido a grande procura pelos serviços, por usuários de toda a cidade.
A diretora da APS Vânia Frantz afirmou, durante a reunião, que a quantidade de profissionais que atendem no Centro de Saúde Modelo está adequada à diretriz do Ministério da Saúde, no que diz respeito ao número de servidores nas equipes da Atenção Básica em Saúde. No entanto, Vânia Frantz explicou que as equipes ficam incompletas devido ao número de trabalhadores afastados por motivo de doença ou em função de férias. Ela explicou que, quando necessário, a própria coordenadora de Enfermagem se soma à equipe, substituindo a ausência ocasional de enfermeira no atendimento aos pacientes. De acordo com a diretora da APS, existe uma situação recorrente por conta de férias compulsórias, acumuladas devido a demanda de trabalho durante o período da pandemia, onde estas foram suspensas, e que atualmente ainda têm consequências no dia-a-dia de trabalho das Unidades de Saúde em Porto Alegre.
Em relação aos alagamentos que ocorrem em decorrência dos problemas no telhado e da infestação de pombos, Vânia Frantz concorda que realmente é necessário fazer uma reforma no Modelo. Porém, informou que existem dificuldades burocráticas em função das exigências de manter as características originais do prédio que é patrimoniado. A Diretora comunicou ainda, que a limpeza do forro já está sendo providenciada.
Uma nova reunião será realizada, em data ainda a ser definida, com o Simpa, DAPS, Coordenação do CS Modelo, juntamente com os/as servidores(as).
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