Mais do que nunca se faz necessária a luta unitária, entre todos os setores da população, para derrotar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Nº 32, que estabelece a reforma administrativa no Brasil. A avaliação é dos sindicatos, centrais sindicais, movimentos sociais, deputados e deputadas reunidos no Seminário Reforma Administrativa, organizado por Comissão Especial da Câmara dos Deputados, na manhã dessa sexta-feira (13/8), no Auditório Dante Barone da Assembleia Legislativa RS. O Dia Nacional de Lutas contra a PEC 32, dia 18 de agosto, será ponto central nesta luta para mostrar força ao Congresso Nacional.
Representando a categoria municipária no seminário, o diretor geral do Simpa, João Ezequiel, denunciou o ataque perverso da reforma, que destrói o atendimento à população e acaba com a carreira de servidores e servidoras, abrindo as portas da corrupção e dos cabides de emprego: “nós precisamos dialogar com as comunidades para mostrar à população que a reforma administrativa é o aprofundamento da política de destruição do serviço público no Brasil. O projeto de Bolsonaro promove o cabide de emprego, o apadrinhamento, bem ao contrário do que dizem os governantes, que há muito tempo vêm deformando e distorcendo a imagem das servidoras e servidores no país inteiro. É fundamental contrapor esse discurso. As pessoas precisam entender que uma servidora ou um servidor não é aquele que deixa o casaco na cadeira e vai passear. Trabalhamos muito, principalmente nesta pandemia”, avalia o diretor.
João Ezequiel lembra que as trabalhadoras e trabalhadores do serviço público são aqueles que estão no SAMU, socorrendo acidentados, que estão nos hospitais públicos, nas unidades de saúde, no saneamento, na segurança, na educação, etc. “São esses trabalhadores que o Bolsonaro quer retirar do serviço público. É necessário que a população compre essa briga junto conosco!”, enfatizou Ezequiel, convocando a participação nas manifestações dia 18/8.
SEMINÁRIO
A realização de seminários estaduais em todo o país é uma iniciativa da Comissão Especial da Câmara dos Deputados, destinada a proferir parecer à PEC 32. O objetivo é colher subsídios e manifestações locais sobre a proposta de reforma administrativa.
Em paralelo ao seminário, foi realizado um protesto em frente à entrada do auditório Dante Barone, com faixas e manifestações contra a reforma. A Comissão foi representada no Seminário do RS pelo deputado federal, Paulo Pimenta (PT), membro do Colegiado e coordenador do evento.
A atividade reuniu o deputado federal Elvino Bohn Gass (PT), os deputados estaduais Pepe Vargas (PT), Sofia Cavedon (PT) e Luciana Genro (Psol) e representação de mais de 30 entidades, entre centrais sindicais e sindicatos do serviço público: Sindserf, SintrajufeRS, Adufrgs, Sedufsm, Assufrgs, SindiReceita, CNTE, SindjusRS, Semapi, Simpe, Afocefe, Ugeirm, Sindsepe/RS, Sintergs, Sindagua, União Gaúcha, SIMPA – Porto Alegre, Sindserv – Caxias, SPMG – Gravataí, SISME – Esteio, SIMSAPEL – Pelotas, CEPROL – São Leopoldo, SINTERG/RG, SINPROSM, SINPROCAN/Canoas, SSM – Feliz, CUT/RS, CTB, Pública, Intersindical, Conlutas, CSB, Fórum e CGTB.
PALESTRANTES
A economista e técnica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconômicos (Dieese), Anelise Manganelli, apresentou uma análise dos principais impactos da PEC 32 (ACESSE AQUI documento).
Também participaram como palestrantes a presidenta do CPERS, Helenir Schurer, e o deputado estadual, Edegar Pretto (PT), presidente da Comissão de Serviços Públicos da ALRS. Em fala enérgica, Helenir afirmou: “deputado que votar nesta PEC, não volta. A PEC é tão ruim que não cabe emendas. Deve ser barrada por inteiro e os deputados federais devem se colocar contrários à sua votação”.
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